28.12.05
30.11.05
Rédi-mêidi
21.11.05
Fahrenheit Forever
(omite-se a possibilidade de fundo-azul)
18.11.05
As palavras explicam o mundo
17.11.05
4.11.05
Whoopie pies
20.10.05
Realização do desejo / Desejo de realização
18.10.05
Nelson Freire
(lembro-me de, em 99, assistir ao no. 3 de Beethoven com o mesmo Freire no mesmo Mvnicipav, sala semi-vazia)
Não muito a dizer sobre o segundo de Brahms. Confesso que o alemão, cujo nome, segundo McDonald, deriva de uma espécie de florica das planícies do Báltico, me deixa quase sempre careta. O segundo movimento, atrapalhado pelos aplausos extemporâneos da multidão extasiada com o final do primeiro, acorde de tônica com tímpanos e tutti, foi exemplo dessa quadradice intolerável (apud. trechos finais do Steppenwolf, do Hesse, outro quadrado). Mas o terceiro, e o quarto! A OSM correspondeu maravilhosamente a um esforçado Minczuk. As trompas, impecáveis.
Sobre o pianista, nada mais precisa ser dito. Cada nota no seu devido, inarredável lugar (coisa parecida só ouvi com Maria-João Pires e Bruno Gelber), intensidades exatas, satisfação plena. Nos extras, Brahms apaixonado por Clara, e Debussy por Chou-chou: Intermezzo Op. 117 em si bemol menor e Children's Corner, Serenata para a Boneca. Glória nacional, esse vovozinho simpático de Boa Esperança.
Depois disso, como ficar para o Prokófiev?
3.10.05
Até São Paulo
Então mais hora e meia até São Paulo.
29.9.05
Doce de manga
24.9.05
Porque me ufano de meu País (II)
15.9.05
No NYTimes, a propósito do recrudescimento da Santa Inquisição
Até aí tudo bem, do peixe se espera que nade e dos deputados que roubem. Mas terá sido proposital o trocadilho sugerido com "profundas"? Hope so.
14.9.05
A mão libertária que lancetou...
9.9.05
Sete de Setembro (II)
8.9.05
Independence Day
Já os livros de Educação Moral e Cívica, bastante insuspeitos, subscreviam tudo que Pedro Américo teve a cara de pau de, muitos anos depois, patrioticamente encenar: dragões, espadas desembainhadas (êpa!) e um sentimento geral de primeira missa.
Pessoalmente acho que tudo não passou de ceninha. As margens do Ipiranga parecem ok, mas como acreditar no Tarcísio Meira?
5.9.05
Mais de 300 mil pessoas vão a show de Elton John no Coliseu
Então todos os habitantes da Terra, dançando alucinadamente, serão presa fácil.
1.9.05
Definição negativa da alma
Robert Musil, Der Mann ohne Eigenschaften
30.8.05
Ulrich militar
Porque me ufano de meu país
Quanto a vocês eu não sei, mas vejo nisso hábitos revolucionários muito salutares:
- práticas lesivas às empresas telefônicas multinacionais, de grão em grão, causarão sua ruína e a conseqüente libertação final dos povos oprimidos.
- são auto-sustentáveis.
- contam com o apoio tácito ou quase explícito das autoridades civis do lugar que, pouco a pouco convertidas à funcionalidade dessas práticas extra-legais, em breve farão vista grossa aos molotov.
- aumentam o PIB informal do município ao expropiarem os capitais de São Paulo, diminuindo assim as disparidades regionais e popularizando a comunicação digital.
- Confirmada a origem caprina do termo, muito de demoníaco e, conseqüentemente, subversivo, cristalizar-se-á pouco a pouco na fala cotidiana da população, conquistando corações, mentes e dedos (sic).
17.8.05
Guimarães Rosa é o maior
15.8.05
Diacríticos (CMLXXXVI)
Ora, dir-me-íeis, o gajo não entendeu como um "a" e um "o" são possíveis juntos assim em nome de cidade ou até mesmo de concelho. Fui descobrir (google's voice is de Deus) que é Fajão, claro, coitaditos.
Um revisor qualquer corrigirá tudo, hora mais ora menos.
Mas o lapso é, também claro, das agências de notícias, coitadas, desprovidas de teclados bem fornidos de coisinhas como um til.
O gerundismo e outras barbaridades putas são filhas da mera preguiça de ir ao Google.
Brasília e Gaza
O Distrito Federal, todos sabem, é um retângulo de terra tomado a Goiás desde há muito para que fossem abrigadas as castas de funcionários públicos que, forçadas a deixar o Rio de Janeiro pela realpolitik do Sr. Kubitschek, viram-se sem mais nem menos arrojadas ao cerradão hostil e longe de seus times do coração. Com o tempo e os superfaturamentos, construíram-se superquadras, vias expressas e o PIB per capita de Brasília tornou-se o maior do país, às expensas do resto da população, que lhe sustenta os salários e jetons. O chamado Entorno, ao contrário, é pobre de dar (muito) medo, e abriga no mais das vezes migrantes goianos, mineiros e nordestinos desesperados por um emprego qualquer de faxina, chapa ou até mesmo cafezinho no Plano Piloto. São discriminados, como no resto do Brasil bacana, pela cor da pele e pelo sotaque e, errando no tráfego, ainda sofrem os piores impropérios, atirados pela elite branca e bacana: "goiano!" daqui, "goiano!" dali.
Ora, não saltam aos olhos as similaridades com Israel? No caso desse interessante e belo país, certo dia um bando de burocratas da ONU decidiu instalar no estreito naco de terra erma entre o Mediterrâneo e o Mar Morto um novo Estado. Do dia para a noite multidões de judeus deslocados pela guerra lá se instalaram, dando início à expulsão dos nativos para as bordas e quebradas do território, de quando em quando expandidas em guerras fáceis. (Estimam-se em 4 milhões os refugiados). Hoje os mesmos palestinos são a principal força de trabalho subalterno, e com sangue e suor cuidam da manutenção das fábricas e latrinas israelenses. A leitura dos jornais dispensa-nos de aludir a seu sofrimento nas mãos dos maiorais e novos donos do pedaço, verdadeiro escândalo ainda coroado com um muro à la Berliner.
Ainda comigo? Bem, é que lendo sobre a retirada israelense de Gaza, fiquei matutando sobre a possibilidade de retirar à força e sem indenização alguns moradores legislativos do Plano Piloto. Seus apartamentos funcionais (cerca de 500, fora os dos assessores) abrigariam com folga algumas famílias de miseráveis do Entorno, que teriam ainda o direito de inverter os xingamentos recebidos no trânsito: "goiano, sim, e de Rio Verde!" e...
Mas sei lá.
12.8.05
Vixe
A quem tem antepassados europeus detectáveis recomendo o início dos trâmites para a obtenção de dupla cidadania. Passaporte na mão, o negócio será vazar rapidinho: o projeto de 20 anos dos tucanos, após breve e malfadado interregno, periga seriamente vingar.
Quanto a mim, bisneto de mineiros e baianos, começarei a confeccionar os molotov, que remédio, e também me alistarei nas forças bolivarianas da Venezuela que nos ajudarão a combater a praga imperialista tucana e sanguinária. Tudo isso apenas metaforicamente, helas.
Mas Guimarães Rosa opera milagres, Schubert e Mozart existem e é necessário não perder a esperança jamás. Hamas?
11.8.05
Infalível certeza
Não será outra a explicação para os olhos levemente puxados de John, cujo sobrenome mal consegue ocultar o temido Li No, apodo pelo qual é conhecida a famosa casta de mercenários ativos desde pelo menos a época Tang. Seu casamento com Yoko, essa notória integrante das fileiras da Rosa-Cruz japonesa, foi um movimento de alianças entre os braços maçônico e rosacruciano da conspiração. Outro dentre tantos indícios está em Imagine, toda ela um hino em louvor ao Governo Mundial que abolirá, consumado o Plano, as fronteiras e os governos.
Quanto a Paul, foi realmente assassinado pelos jesuítas irlandeses responsáveis pela manutenção do temível segredo iniciático, e embora fosse um mero e pífio regular mate de Merseyside, acidentalmente conseguiu descobrir tudo durante uma de suas bad trips com ginger beer. Foi em seguida substituído por um membro da Opus Dei treinado desde criança, na Schola Cantorum de Salamanca, a cantar sempre uma terça abaixo.
Quanto a John, morto em 1981 por um facínora a serviço dos batistas norte-americanos, pode-se especular que tenha sido eliminado numa queima de arquivo, por não ser mais útil aos desígnios do Plano - e mesmo porque, àquela altura, já estava em plena atividade o Elton John, ulteriormente condecorado por Elisabeth II (todos os Windsor descendem de israelitas húngaros enriquecidos com o comércio de betume, e financiadores do Plano).
Desde os 80s, cujo impacto sobre a saúde mental dos fãs de música pop é bem conhecido, esse Grande Plano tem funcionado sem que ninguém suspeite. Seus últimos desdobramentos - boys bands, Latino e Live 8 - mostram que a primeira etapa chega inexoravelmente a uma conclusão exitosa.
8.8.05
O Papel Mata-Moscas
Ali estão todas elas, retesadas, tal qual vítimas de dores lombares, sem intenção de deixar transparecer qualquer coisa, ou como velhos e alquebrados militares (com as pernas levemente arqueadas, como se estivessem no alto de um monte inclinado). Mantêm-se em posição de sentido, reunindo força e concentração. Depois de alguns segundos, tomam uma decisão e, zumbindo, procuram erguer-se tanto quanto possível. Executam essa ação furiosa por longo período, até que a exaustão as obrigue a parar. Seguem-se uma pausa para descanso e uma nova tentativa. Mas os intervalos vão-se tornando mais e mais espaçados. Ali estão elas, e percebo seu desnorteio. Erguem-se uns vapores túrbidos. Suas línguas, tal qual pequenos martelos, passam a tocar o exterior. Sua cabeça é marrom e peluda, lembrando um coco, como ídolos negros antropomórficos. Inclinam-se para frente e para trás sobre as pequenas patas firmemente presas; ajoelham-se e se levantam, como fazem os homens ao tentar de todas as maneiras mover uma carga pesada demais; mais trágicas que os operários, mais verdadeiras na expressão esportiva que o extremo esforço de Laocoonte. E eis que chega o momento sempre igual e estranho em que a necessidade do segundo que passa triunfa sobre todos os sentimentos poderosos e permanentes do ser. É o momento em que um alpinista, ao sentir os dedos doendo, abre voluntariamente as mãos; o momento em que alguém, perdido, deita-se na neve como uma criança; o momento em que um perseguido pára, com os flancos a lhe arder. Elas já não têm mais forças para manter-se ali em baixo, vão afundando pouco a pouco e, nesse momento, são inteiramente humanas. Vêem-se de súbito presas numa nova posição, pela parte superior de suas patas, ou pela parte de trás do tronco, ou ainda pela ponta de uma das asas.
Vencido o esgotamento anímico, e retomada, depois de um breve momento, a batalha pela vida, estão agora em condições desfavoráveis, e seus movimentos se tornam antinaturais. Ficam pois deitadas, com as patas traseiras apoiadas nos cotovelos, na tentativa de se levantar. Ou sentadas no chão, enroladas, com os braços estendidos, como mulheres que buscam em vão desvencilhar as mãos dos punhos de um homem. Ou deitadas de bruços, com a cabeça e os braços para frente, como se tivessem sofrido uma queda em meio a uma corrida, com a cara para o alto. Mas o inimigo continua passivo, fazendo progressos graças aos instantes desesperados e confusos delas. Um nada, um isto, as vai puxando para dentro. Tão lentamente que mal se pode acompanhar e, na maior parte das vezes, com uma rapidez brusca ao final, quando lhes sobrevém o último esmorecimento interior. Elas deixam-se cair subitamente, com a cara para a frente e as patas separadas; ou de flanco, com todas as patas esticadas; não raro também, de lado, impelido para trás as patas como remos. E assim continuam ali. Como aeroplanos derrubados, com uma das asas apontadas para o ar. Ou como cavalos arrebentados. Ou com gestos infinitos de desespero. Ou como pessoas adormecidas. No dia seguinte, uma delas ainda volta a despertar; põe-se a tatear por instantes com a pata ou a vibrar as asas. Às vezes, tal movimento se dá em todo o grupo, para só então afundarem todas um pouco mais em sua morte. E nos flancos, na região da qual lhes saem as patas, resta-lhes um órgão qualquer, vibrante e pequeno, que pulsa ainda por um certo tempo. Para cima e para baixo - impossível caracterizá-lo sem uma lente de aumento -, assemelha-se a um minúsculo olho humano que se abre e fecha sem cessar.
(Robert Musil)
3.8.05
O disfarce perfeito
1.8.05
Comunicado ao Público
31.7.05
30.7.05
No novo Rubem Fonseca, Mandrake volta sem fôlego
DA SUCURSAL DO RIO
Nas resenhas dos livros recentes de Rubem Fonseca, é comum ler que ele está se repetindo. Dizer isso é uma chatice, pois todo artista tem suas obsessões. Anões, charutos, vinhos, batráquios e mulheres são algumas das de Fonseca. Estão todas em "Mandrake: A Bíblia e a Bengala".Mas não é por isso que o livro não é um "grande Rubem Fonseca". Depois de oito anos sumido da obra do escritor, o advogado criminalista Mandrake (nascido Paulo Mendes) volta sem o mesmo vigor de outrora -o personagem também será tema neste ano de uma série da parceria Conspiração Filmes/HBO.Não há, nas duas novelas que compõem o livro, pistas de que ele esteja mais velho. Mandrake continua conquistador, volúvel (ama várias mulheres simultaneamente, talvez sem amar nenhuma), ágil fisicamente.Mas seu ritmo não é mais o sôfrego de "O Caso de F. A.", "Dia dos Namorados" e "Mandrake", contos do passado que, relidos hoje, não perderam nada da sua capacidade de deixar o leitor sem ar, acuado pela crueza de seus relatos, diálogos, imbróglios.O Mandrake do novo livro está um pouco mais calmo, disserta e contempla mais. É fiel à imagem de seu criador, que completou 80 anos em maio como um homem pleno de vigor físico e intelectual, mas um homem de 80 anos.Da mesma forma que em outras obras recentes, como "Diário de um Fescenino", Fonseca gasta várias páginas falando de seus -ou melhor, de Mandrake- prazeres (vinhos, charutos...), exibindo erudição, citando livros e curiosidades. É claro que há qualidade nas páginas, mas o ritmo das histórias sofre percalços.As tramas já são pretextos para esses passeios eruditos. "Em Mandrake e a Bíblia da Mogúncia", o advogado se envolve em um caso de furtos de livros raros, permeado por alguns assassinatos. O principal livro é a Bíblia do título, impressa por Gutenberg em 1462. Duas dessas raríssimas Bíblias ficam na Biblioteca Nacional, no Rio. Na novela, uma delas é furtada.Naturalmente, Mandrake resolve o caso, mas não sai ileso dele. Sua perna é baleada, o que o leva a ter de usar bengala, objeto-chave da segunda novela.Em "Mandrake e a Bengala Swaine", o anti-herói usa um arsenal de recursos para evitar a incriminação de uma suposta condessa e a sua própria -a bengala de que mais gosta é a arma utilizada para matar o marido de uma de suas amantes. Ele se safa, mas deixa claro, no final, que continua presa fácil de mulheres difíceis e histórias idem.Fonseca cria tramas paralelas que servem mais para aumentar o número de páginas do que para incrementar a narrativa. Na segunda novela, as peripécias da animada Jéssica ainda têm o tempero picante que não pode faltar em um livro do autor. Mas, na primeira, o caso do parvo farmacêutico Remy Gagliardi não ajuda muito. Mesmo sem o vigor do passado, é um prazer reencontrar Mandrake e outros personagens que o cercam, como o policial Raul, a enxadrista Berta e o sócio Weksler. Sobre este, uma curiosidade: nas histórias anteriores, ele se chamava Wexler; Fonseca escreve agora o nome correto de Luiz Weksler, que foi seu colega de faculdade e sócio em um escritório de advocacia que funcionou entre 1949 e 1951.E é sempre um prazer ler uma história escrita por Rubem Fonseca. Se ele se repete, está no seu direito como grande autor, ser humano e saudável octogenário.
Será a sério? Que espécies de rojões vagabundos são esses que a editora encomenda e recomenda nos releases que solta para a imprensa? Não sei se concordam, mas o tal Vianna simplesmente NÃO LEU o livro. O texto todo é muito menos significativo que as estrelinhas no rodapé. Eu também não li o Fonseca, mas vou fazê-lo, comme d'habitude, em muito breve.
25.7.05
Soluções mágicas
Por Júpiter. Não sei quanto custou, mas se são capazes disso tudo, foi barato. E rápido. Melhor que isso, talvez apenas o Êxtase de Santa Teresa de Ávila. A redenção ao alcance de qualquer um que pague e se apegue a esquemas mentais simplórios. Várias empresas, como é natural, já utilizaram os serviços dos bravos regeneradores de almas.
Isto é, trata-se de delírio messiânico não muito diverso de outras arapucas que falam de discos voadores.
Donde concluo tristemente que estou ficando sozinho no mundo.
21.7.05
London calling
Eh realmente uma pena que eu nao seja religioso nem tenha uma Julianne Moore a minha espera em South Kensington, mas fazemos o que podemos. Espero escapar de pelo menos uns dois bons atentados.
19.7.05
Sexo com cavalo mata homem nos EUA
Um homem morreu nos Estados Unidos depois de ter relações sexuais com um cavalo em um sítio que funcionava como um "prostíbulo de animais", em Enumclaw, 60 km a sudeste de Seattle (Estado de Washington), de acordo com informações divulgadas pela polícia nesta segunda-feira.A vítima, um homem de 40 anos, sofreu graves lesões internas e seu corpo foi deixado por desconhecidos em um hospital de Seattle, no dia 2 de julho, pouco depois do ato."Do médico legista ao comissário, passando pelos investigadores, ninguém jamais viu algo remotamente parecido com isto", disse à France Presse Eric Sortland, chefe da polícia de Enumclaw. "Seu cólon rompeu, como os órgãos inferiores da mesma região, e a hemorragia o matou", completou.
Enquete: serah Brasilia, de factum, um prostibulo de animais? Se sim, quem sao os animais e quem sao os currados? Alem de nos mesmos, eh claro.
14.7.05
Verao em Devia
Donde concluo que o que confere a dignidade ocidental, ordeira e positiva a estas terras do norte - pelo menos no olhar deslumbrado de quem preza urbanidades que tais - eh o frio.
Donde concluo que o maior e talvez unico de nossos males eh o calor, nosso intermitente e dissoluto calor. O sangue engrossa em nossos vasos suarentos, os navegantes portugueses o sentiram desde logo e deu no que deu.
Como jah disse Rubem Fonseca: os mendigos de Sao Paulo vestem-se com maior dignidade e aparentam mais donaire que os do Rio justamente por causa das periodicas inclemencias do clima paulistano. Frio e civilizacao, barbarie e calor.
Agora, esses paquistaneses...
7.7.05
Liverpool
E, sim, fui ao Cavern Club e tirei fotos que venderei a 40 libras aos interessados.
6.7.05
O diabo tenta
Chester
5.7.05
Real Alfandega Venarda ou Como me Tornei Contrabandista
Conta-se, mas Bob Jeff sabe mais, que eu estava na boca do caixa do free-shop em Guarulhos, ansioso para fazer reconhecido meu direito de usufruir um super-binoculo do caralho (as libras na mao estimulavam o espirito levemente voyeur do consumismo desenfreado). E num eh que, metendo a mao no bolso, percebi que havia perdido o cartao de embarque? Incrivel. Comecaram as ilegalidades: o moco do caixa me vendeu o traste mesmo sem ele ("olha, eu vou quebrar essa pra voce, mas o certo &c."). Fui entao ate o federal do controle de passaportes e ele me disse para voltar ao balcao da companhia aerea. Como? "Ah, voce desce aquela escada ali e tal". Chegou uma especie de supervisora balofa pra fazer onda: "Eh, mas veja lah com a Receita sobre esse negocio que voce comprou, pode ser que eles encrenquem". Pois, descendo as tais escadas, descobri-me na fila do desembarque internacional! Um outro solicito federal, ao ouvir as minhas razoes: "vai lah, passa aih". Andando mais alguns passos, cheguei ao balcao da Receita, onde repeti a lenga-lenga a um sonado oficial alfandegario: "ah, nao tem problema, vai lah". Abriu-se uma portinhola eletronica e eis que estava no saguao principal do aeroporto, livre e aberto para o mundao.
Isto eh, tecnicamente tornei-me um contrabandista. Nesse caso especifico, meu cao (oxitona fechada, please) era verdadeiro, estupidamente verdadeiro, mas nao eh uma excelente burla das instituicoes mais arcanas da Republica?
4.7.05
30.6.05
Entrementes, na Lusitânia...
28.6.05
Agenciamento de palavras de ordem
- "Eu quero fazer mais e estou sofrendo mais pressão em tudo o que faço - no trabalho e em casa. Eu preciso aumentar meus níveis de energia física e mental e recarregar minhas baterias (sic)."
- "Se eu tiver uma aparência melhor, vou me sentir melhor. Estou procurando coisas que me ajudem a controlar meu peso, a me manter em forma e ativo - e se puder aparentar menos idade, melhor ainda!"
- "Se for viver mais, quero me manter em forma. Meu coração, meu corpo e todos os meus sentidos precisam permanecer fortes. Se eu cuidar do meu corpo, a longo prazo minha saúde se cuidará sozinha (sic)."
27.6.05
Federais (II)
- a seleção brasileira e feminina de futebol;
- o maestro John Neschling;
- dois integrantes de uma seita católica cujo hábito cáqui se completa com botas SS e correntes de metal à guisa de cinta;
- um hidrocéfalo.
Follow the money
24.6.05
Back to sixties... 1460's
22.6.05
20.6.05
25 de março
Mas que concretude colorida a dos tênis falsos! Perfumes de Paris, aris, chineses, coreanos, camelôs, electrônicos, bugigangas sem finalidade determinável, pirataria, contrabando, galerias infindáveis, mais chineses.
A 25 é daqueles lugares a que só se chega mal-intencionado.
16.6.05
Buenos Aires, 16 de junho de 1955
15.6.05
Peixe na água.
14.6.05
Theodor W. Adorno e Max Horkheimer - Dialéctica do esclarecimento
Theodor W. Adorno e Max Horkheimer - Dialéctica do esclarecimento: A Indústria Cultural.
Michael Jackson
13.6.05
Exasperação
Que fazer? Esperar que os livros caiam sozinhos da estante?
O Concerto Triplo
Como já o disse algures nossa mais tosca e inimitável amiga, sentimentos são para os fracos, certo?
Francisco Mignone
10.6.05
8.6.05
Terminei Bouvard e Pécuchet
I. Agricultura
II. Ciências naturais
III. Arqueologia
IV. Literatura
V. Economia política
VI. Sentimento, Amor
VII. Misticismo, Filosofia
VIII. Religião
IX. Socialismo
A transição direta entre história e literatura, que reproduzimos algures, é hilária. No capítulo amoroso, a sífilis contraída de Mélie é simultânea aos eventos de 1848. Na "Educação", Frédéric obtém os favores da Marechala em meio às barricadas. No capítulo Religião, o vendedor de quinquilharias católicas, Gouttman, é naturalmente um usurário judeu.
Corolário Maupassant
São Tomé: Jesus morreu vítima de um coágulo, diz estudo
O médico israelense afirma que, embora tenha sofrido antes da crucificação, a perda de sangue pelas feridas que sofreu não teria sido suficiente para provocar sua morte.
7.6.05
Varsóvia, 1981
Brahms e Flaubert
Um piadista norte-americano (e também maestro) dizia que nas salas de concerto se deveriam colocar placas na direção das saídas de emergência com a inscrição "EXIT IN CASE OF BRAHMS".
No Steppenwolf Brahms é mencionado pelo MozartMarley-Virgílio que acompanha o raríssimo herói ao Alquém do Além: "Brahms. Esse (Brahms, ao longe, carrega um enorme carro cheio de pedras) jamais conseguirá" - malgrados os poucos ipsis-líteris.
Quando Brahms morreu em Viena, em 1897 (certamente de incontinência urinária), via telégrafo os navios abrigados no porto de Hamburgo tocaram sinais e badalaram buzinas, arriando bandeiras.
Flaubert, que foi condecorado (em vida) por Napoleão III, o Único, teve como Brahms sua Madame Sch-., 14 anos mais velha Clara, a Arnoux uns 10 ou 11.
Idéias feitas (II)
Alemães - Povo de sonhadores (velhos).
Ave - Desejar ser uma ave e dizer, suspirando, "Asas! Asas!" demonstra alma poética.
Apartamento de rapaz - Sempre em desordem. - Com bugigangas de mulheres espalhadas por toda parte. - Cheiro de cigarro. - Encontram-se aí coisas extraordinárias.
Clássicos - Deve-se fingir conhecê-los.
Constipação - Todos os homens de letras são constipados. - Influi sobre as convicções políticas.
Conversação - A política e a religião dever ser excluídas.
Estoicismo - É impossível.
Febre - Prova de sangue forte. - É causada pelas ameixas.
Ímpio - Combatê-lo.
Ingleses - Todos ricos.
Inglesas - Espantar-se que tenham filhos lindos.
Poeta - Sinônimo nobre de parvo (sonhador).
Sainte-Beuve - Na sexta-feira santa só jantava salsichas.
Tempo - Eterno tema de conversação. - Queixar-se sempre dele.
Wagner - Escarnecer quando se ouvir o seu nome, e pilherar sobre a música do futuro.
Idéias feitas
Época (atual) - Revoltar-se contra ela. - Deplorar que não seja poética. - Chamá-la de época de transição, de decadência.
Erudição - Desprezá-la como prova de espírito limitado.
Latim - Língua natural do homem. - Estraga a caligrafia. - Serve unicamente para ler as inscrições das fontes públicas. - Desconfiar das citações latinas, pois ocultam sempre algo de licencioso.
Ortografia - Acreditar nela como se acredita nas matemáticas (e na geometria).
Valsa - Deve-se combatê-la.
Ramires em ultra-resumo
- Nós ignoramos - disse Bouvard - o que se passa em nossa casa, mas queremos saber como eram os cabelos e os amores do Duque de Augoulême!
Pécuchet acrescentou:
- Quantas questões mais importantes e de mais difícil solução!
Daí concluíram que os fatos exteriores não são tudo; é preciso completá-los com a psicologia. Sem imaginação, a história é falha.
- Mandemos vir alguns romances históricos!
6.6.05
Martha, para variar
Bíblia do Executivo
3.6.05
apud Richard Rorty
2.6.05
apud Goebbels
1.6.05
Para a Anistia Internacional, a prisão de Guantánamo é um gulag
28.5.05
Flaubert e a rua da Cadeia
25.5.05
Salve salve a Grande Chuva
24.5.05
Sócrates: "A Musa me ama"
Augusta, mon amour
Nós amamos a Rua Augusta, pelo muito de tudo que ela escoa e deglute.
22.5.05
18.5.05
Indústria aposta nos gamers de Cristo
A notoriedade conquistada por companhias como Digital Praise, Micro Forte e N'Lightning Software é explicada pela proposta de criar games de valores cristãos, muitas vezes até inspirados em passagem bíblicas. Alguns profissionais da área argumentam que esse é um mercado em potencial de 10 bilhões de dólares.
Proponho também:
- sabonetes kosher, fabricado apenas com gordura de animais devidamente massacrados em rituais rabínicos;
- cigarros gospel, em que a advertência do ministério (com trocadilho) seja acompanhada, ou de preferência substituída, por outra, "Deus é Fiel" - "God is Faithful" na versão exportação para Trinidad e Tobago.
- filmes pornográficos budistas, em que os atores sejam monges tibetanos e a ação se constitua apenas de conjunções nirvânicas e perversões alopécicas.
13.5.05
12.5.05
Feel good about fat - Enjoy Nutrition Episode 2
This is the second episode of Acme Brothers Enjoy Nutrition series.
Learn in a few brief moments why your body needs fat, what types of fat are particularly good and how much you should eat per day.
Use our fun online tools to see if you can
- build a healthy sandwich - with the right balance of fats
- spot the good fats in different pairs of foods
- hit the jackpot in selecting foods that are low in fat
10.5.05
Ignore this terrible drug
Qualquer semelhança com Antonio Palocci é mera interpretação anagógica.
6.5.05
Acknowledgments
Stairway to heaven
1. Sexo fora do casamento: pecadilhozinho social, ainda assim de acordo com as santas leis de deus.
2. Punheta: every sperm is sacred. Além disso, as bruxas colhem as secreções para preparar maleficia para as crianças da vila.
3. Perobagem: a famosa maniera italiana. Diz-se que os florentinos eram pródigos nessa modalidade.
4. Bestialismo: galinhas, gatas, cabritas, ovelhas, vaquinhas jeitosas...
5. Com o Demo-ele-mesmo: fogueira automática, danação eterna e orgasmos certamente diabólicos.
Filantropia, essa vaca
Para seus lugares, convocaram surdos, pernetas, down e demais estropiados. Recebem, presume-se, salários consideravelmente mais miseráveis que o de seus antecessores, sob o pretexto - oficial - de que já recebem, de todo modo, uma puta ajuda, e que de outro modo estariam à míngua, e que são todos desqualificados porque rico deficiente vira escritor memorialístico. Mas ocorre que agora são realmente funcionários, isto é, contam por cabeça na hora HHHH do imposto de renda e demais incentivos teletônicos.
MORAL: Os Acme são protestantes.
5.5.05
A quem interessar possa
Sábado 07 de Maio de 2005
São Paulo
10h Ato Público e Debate – Câmara Municipal de São Paulo
12h30 Caminhada até a Praça da República
15h30 Show de Rock no É de Lei
Debate com:
Paulo Teixeira – Vereador de SP
Edward Macrae - Antropólogo
Luiz Paulo Guanabara – Militante Antiproibicionista
Andréa Domânico – Psicóloga
Marcelo Niel - Psiquiatra
Maria Lucia Karam – Juíza
Tiago Reis – THC Ministery
É de Lei - Rua 24 de Maio, 116 4o andar – República – fone 3337-6049
informações: redeverdesp@yahoo.com.br
NB: Que raios será esse THC Ministery? Uma igreja?
Uakti
Minha primeira bicicleta foi uma caloi cecizinha
2.5.05
Cinema digital já!
Go on, Malatesta!
Bico do papagaio
Vieira Bezerra - Muitos tipos de tortura, muitos, muitos, muitos.
1.5.05
O Pêndulo
28.4.05
As coisas belas são difíceis
Heitor Villa-Lobos
Franz Schubert
27.4.05
From Hell (II)
- Acho que são meio Jardins, mas ela parece que é socialista.
From Hell (I)
- (tap, tap, tap, tap) (mão marcando o ritmo da Giga da Suíte no. 4)
- Tá bom, tchau. (Ao celular, durante a Courante da Suíte no. 6)
26.4.05
EUA encerram buscas por armas de destruição em massa no Iraque
Como se trata de um despacho da agência espanhola EFE, gostaria de saber dos nossos amigos poliglotas se "entrevistados", nesse caso, pode ser falso cognato ou tradução equívoca do termo correspondente, em português, a "torturados".
Murilo Mendes
RETIRE-SE IMEDIATAMENTE DA MINHA CIDADE PT
WOLFGANG AMADEUS MOZART
Johann Sebastian Bach
Autorizado, percorreu os 350 Km a pé. Sua permanência em Lübeck alongou-se por 4 meses. Só não se estabeleceu como organista na famosa cidade hanseática, sucedendo Buxtehude, porque, de acordo com a tradição, deveria casar-se com a filha do mestre, então encalhada aos 30 anos.
No ano seguinte, casou-se com a prima em segundo grau, Maria Barbara.
Dependência cruzada
Ora, direis, e os dois efeitos combinados, de que hecatombes neuronais não seriam capazes?
25.4.05
De la galantería
(do jesuíta Gracián, discretíssimo)
24.4.05
Da série Bento (II)
Até hoje, na mesma plaza do Zero Grau, o espaço de grama contravenctoriamente ocupado, durante anos, por um pit-dog (como por lá, não se sabe ao certo porquê, ficaram conhecidas as carrocinhas de junk food by night), não passa de um quadrado de solo estéril e gorduroso. Em Inglês, por justiça fonética, descreveria-o ainda como Awkward (palavra sabidamente, aliás, de origem inoue).
Manga, da mangueira que se pode ver como limite do avanço da urbs sobre o cerrado, nas fotos aéreas antigas, só das muito verdes, que a meninada geral ainda tem os estômagos bem curtidos nessa tradicionalíssima (cf. anedotário variegado) guerra do azedo com o salgado.
E não percam a emocionante continuação desta história de subúrbios: minha primeira bicicleta foi uma caloi cecizinha.
22.4.05
O projeto de Bentinho é, de saída, um fiasco
Quando nada, foi a segunda cidade do Estado a ter energia elétrica (minha mãe, cuja infância coincidiu em parte com esses tempos heróicos, diz que as lâmpadas de então iluminavam tanto quanto tomates maduros). Há também, alhures, uma colônia relativamente antiga de amish, e suas mulheres podem ser vistas às sextas-feiras nos supermercados da cidade a abarrotarar as carrocerias das camionetes (amish aculturados, já se vê) com goodies industrializados. A melhor lanchonete da cidade, algo como RioBurger, pertence, aliás, a um cidadão expulso dessa comunidade, provavelmente por excesso de aggiornamento.
As primeiras impressões ainda são confusas, principalmente porque a casa em que viemos morar fica literalmente ao lado da casa histórica, construída por meu pai nos idos de 1977, quando as ruas ainda eram de terra. As imagens e as lembranças se sobrepõem apenas precariamente. Alguém – as Parcas? o Pantocrator? alguém que simultaneamente detenha o controle das imobiliárias e do Universo? – deve estar a nos pregar peças.
Dali do quintal, por exemplo, posso ver as caixas d’água aonde subia para espiar o movimento das ruas em redor e, mais tarde, com uma lunetinha que comprara para ver o Halley, as árvores, as casas e as pessoas do outro lado do córrego (o Barrinha, marco miliário do centro da cidade, em sua raia sudestã). Mais além, o prédio de 18 andares, segundo a ser construído e que tem apartamentos de 400 metros – a soja tinha que beneficiar alguém, afinal.
A mangueira da praça. Os coqueiros da mesma, cujos troncos ainda exibem as pixações a canivete da juventude dos eighties transviados no Zero Grau, boteco onde, consta, rolava devassidão, consumo de cocaína diretamente das bandejas e roquenrol (continua).
PS: Bretodeau, você já leu "The Purloined Letter", do Poe? Tudo esteve, o tempo todo, no lugar o mais conspícuo possível: no bolso dianteiro da calça. Funcionou maravilhosamente, recomendo.
20.4.05
wild wild west
Da Polônia à Baviera e depois, quem sabe, à Holanda!, aí sim falaremos das autênticas vlaamse frites.
19.4.05
Alquimia e conclave
Joannes Chrisostomos Wolfgang Gotlieb Mozart
Em dezembro de 1791, a 1 mês e 22 dias de completar 36 anos, morreu de falência renal em Viena.
18.4.05
Glenn Gould
Igor Stravinsky
Stan Getz
Ainda o Millôr
Pensei em colocar esse Millôr no mural aqui da Acme Brothers, mas provavelmente teria de fazê-lo às escondidas, o que é sempre muito trabalhoso num ambiente supervisionado por câmeras e outras escutas corporativas. Tant pis pour elles.
17.4.05
From seventies
Texto com "consultoria" de Marilena Chauí, volume Espinosa da coleção os pensadores, 1973.
16.4.05
Clarice e seus demônios
Com isso está provada a utilização de maconha pelo autor, Herr Musil.
15.4.05
No apartamento
13.4.05
Comentários agora sim, na ativa
Rule, Britannia!
Willie Willie Harry Stee
Harry Dick John Harry three;
One two three Neds, Richard two
Harrys four five six....then who?
Edwards four five, Dick the bad,
Harrys (twain), Ned six (the lad);
Mary, Bessie, James you ken,
Then Charlie, Charlie, James again...
Will and Mary, Anna Gloria,
Georges four, Will four Victoria;
Edward seven next, and then
Came George the fifth in nineteen ten;
Ned the eighth soon abdicated
Then George six was coronated;
After which Elizabeth
And that's all folks until her death.
(de um site profeticamente baseado em Delaware, USA)
The Tempest (Folio, 1623)
Names of the Actors
Alonso, K. of Naples.
Sebastian, his Brother.
Prospero, the right Duke of Millaine.
Anthonio, his brother, the usurping Duke of Millaine.
Ferdinand, Son to King of Naples.
Gonzalo, an honest old Councellor.
Adrian & Francisco, Lords.
Caliban, a salvage and deformed slave.
Trinculo, a jester.
Stephano, a drunken Butler.
Master of a Ship.
Boat-Swaine.
Marriners.
Miranda, daughter to Prospero.
Ariel, an ayrie spirit.
Iris
Ceres
Iuno ------ Spirits
Nymphes
Reapers
De um crítico literário, nas folhas de hoje
"O Trabalho liberta" é a divisa dos Acme.
Pois, espelhando-me no exemplo de um Kertész, de um Levi, ofereço abaixo um pequeno testemunho do que se passa aqui, na vizinhança do toilet das Górgonas.
De um comunicado interno, inocentemente muralístico:
Dez Mandamentos para dormir melhor
I. Procure deitar e se levantar em horários regulares todas as noites.
II. Vá para a cama somente quando estiver com sono.
III. Não use a cama para leitura, ver televisão ou alimentar-se. A cama deve estar relacionada com o ato de dormir.
IV. Evite ficar na cama sem dormir. Isto gera stress e piora a insônia.
V. Relaxe antes de se deitar, um banho quente ou a diminuição da luminosidade do quarto podem ajudar.
VI. Evite o uso de álcool e cafeína pelo menos 6 horas antes do seu horário de dormir.
VII. Não se alimente próximo ao horário de dormir.
VIII. Evite cochilar durante o dia, eles atrapalham seu sono à noite.
IX. Procure se ocupar durante o dia, evitando o ócio.
X. Faça atividades físicas regulares, porém evite exercícios fortes no final do dia.
12.4.05
Ouvistes pois as trombetas de Clio?
Disserratevi, o porte d'Averno
Salve Júlia e salve a Céci.
Salve Dante. Salve Caetano e Gil! Chefe Zequiel e meus queridos amigos Sérgio, Donato, Dani, Breno, Augustus, Nilton. Salve Sérgio Reis. Salve Edson. Salve salve Agameton e Maria Ivonete, Adriano e PC, salve o Ricardo.
Salve Daniel, o que morreu e o que virou professor de grego.
Salve Salve.