31.12.11

Cousas loicas

No mesmo dia em que li um horóscopo gringo dizendo que os meses à minha frente podem ser descritos como "between a rock and a hard place", passei para uma fase do Battlefield 3 precisamente intitulada "rock and hard place", uma luta insana contra uma divisão paraquedista russa. E trasanteontem assisti pela primeira vez ao Jogos, trapaças e dois canos fumegantes, ótimo filme inglês de 1998 em que um dos personagens - judeu - diz durante o grande assalto que é Hanukkah. Ora, o dia 28 passado foi mesmo Hanukkah, conforme informa a wikipedia.
Moral da história: será que devo, afinal, converter-me à Cabala - como consta que fez o Guy Ritchie, diretor do filme, durante o casamento com a Madonna? Cartas para esta embrejada redação.

27.12.11


Ontem, de bicicleta, tive um alumbramento musical involuntário - ocasionado, como sempre, pelo shuffle. O piano começou a tocar uma bonita e aparentemente desconhecida melodia brasileira, e logo me pus a pensar se seria Camargo Guarnieri ou Francisco Mignone ou, quizás, Alberto Nepomuceno. Meus amigos, meus inimigos, não se tratava de nenhum compositor pátrio: puxei a maquineta do bolso e descobri que era puro Chopin tocado por Nelson Freire, our eternal hero. Num segundo, desse modo, saquei pelo avesso de onde vêm os nossos suspiros poéticos e saudades musicais da Polônia, França e Bahia via Ernesto Nazareth e outras polcas.
A tarde foi mesmo produtiva. Alguns quilômetros depois cheguei a uma conclusão definitiva sobre o ciclo de vida das nuvens.

26.12.11

Brasil, sexta economia do mundo. E daí? Como aconteceu durante o governo da rafameia petralha, a notícia "tem de ser recebida com cautela". Fosse este um governo de homens bons, o mais cético dos "analistas" da "imprensa independente" diria que é "uma conquista relevante no cenário internacional, fruto da seriedade, compromisso ético e trabalho do governo - e também, por que não?, do povo brasileiro".

22.12.11


Nos Estados Unidos é sempre Natal.

21.12.11

Visão - ou melhor, audição - do inferno: acabo (7h30) de passar a pé em frente a uma clínica de recuperação de drogados. Durante o que parecia um café-da-manhã ao ar livre típico do lugar (sobrado murado de poucas janelas), a música sertaneja castigava feio.

20.12.11

A pele que habito é muito chato. A mocinha é um homem, o Banderas continua canastra como nunca e o pretenso clima noir-trágico do enredo me deu vontade de ir fazer outra coisa.

17.12.11

Não acho que o FHC tenha pessoalmente roubado durante os mandatos dele. O cara era um mero testa-de-ferro dos espertalhões flagrados no Privataria, tolo contente só com o pagamento em vaidade e honoris causos, sem precisar meter a mão no butim.

16.12.11

Li o Privataria. É, de fato, assombroso. Se metade do que nele se diz for verdade, o mensalão - ao menos em valores envolvidos - não passa mesmo de piada de salão.

14.12.11

Os eleitores do Serra não estão nem aí se ele e toda a família são corruptos e ladrões, como afirma o tal livro sobre a privataria. É necessário, afinal, votar em algum antipetista - qualquer um -, e tanto melhor se ele for paulista e morar no Alto de Pinheiros. Aécio não entra na conta porque é mineiro, sub-raça que não combina com os altos desígnios de militarização, roubalheira e separatismo dos tucanos bandeirantes.

8.12.11

Minha experiência com as "redes sociais" se resumiu a perder tempo com diversas bobagens inúteis e opiniões idem enquanto tudo era rastreado pela CIA.
De volta à boa e velha falta de "interatividade".

29.6.11

As loxodrômicas, assim como as veredas, suavizam os gradientes de saudade do caminho.