25.12.07
Uma fé enorme em Deus
Fernando Affonso Collor de Mello
23.12.07
16.12.07
Puxando ferro
*
*
*
Quantas folhas de papel atiradas ao cesto por João Cabral, quantas aspirinas?
Quantas crises de asma para toda a Recherche?
*
*
Consolo no páramo
Para quem lamenta ter que aturar o Faustão no domingo, um consolo:
Lula vai passar o dia com Evo Morales.
Na Bolívia!
(Tutty Vasques)15.12.07
Essas coisas a oposição nunca vê
14.12.07
11.12.07
"Você não gosta de música sertaneja mas ela me deu tudo, o Zezédicamargoluciano já gravou até música minha, e o Niltonlamas (*) é meu amigo!"
Ao que repliquei, já quase armado com garrafa, quebrada no gargalo:
"Calma, você tem o direito de ser feliz!"
* certa entidade cantora e compositora que somente se manifesta de óculos rayban espelhados, felizmente epigonal.
4.11.07
3.11.07
Capitão Nascimento neles (II)
Trata-se de mais uma daquelas revistas para mulheres sexual ou profissionalmente frustradas, só que em versão pouca coisa mais macha e paulistana.
Tudo, parece, foi feito para o pessoal da firma se entreter entre uma e outra sessão de homebroking, ou nos intervalos de Lost. O discurso pretende reconstituir uma descontraída conversa de bar na Vila Olímpia. Os textos, por isso, insistem no calão carcamano, reiterando certas gírias do pessoal da periferia mais afeito à hodierna correria. Explorando as afinidades simpáticas entre as duas rafaméias, a publicidade invariavelmente descamba para a incitação aos perfumes importados, óculos escuros idem e bebidas destiladas ibidem.
Quanto às periguetes, são quase todas muito, muito semelhantes àquelas dos comerciais de cerveja nacional (peitos, cabelos, biquinho, etc.), apenas mais bem maquiadas e trajadas com maior, digamos, apuro. Consta inclusive que, num desses reclames chauvinistas, a gostosa mais BOA do mundo, ora reeleita pelo ranking de RIP, preside uma sinagoga de típicos leitores RIP (o sorriso, a gravata finalmente afrouxada), pagodeando decotada a cerveja nacional homônima.
As preferências dos bem-sucedidos leitores RIP são mesmo para lá de corriqueiras. É notável a presença de centenas de starlets do axé, da "música romântica" e do submundo do consumo orwelliano entre as dez mais manteúdas do ranking. Isso provavelmente iguala os instintos dos plebói aos dos ladrões que amiúde lhes arrebatam os preciosos redondos. Algumas páginas a jusante da loira lista, encontra-se até um falso conto erótico em suposta e torpemente feminina primeira pessoa, o manjado caso do estupro gostoso e, portanto, não notificável às autoridades competentes. No post-coitum, a April, Inc. ainda oferece duzentos paus aos limítrofes que perpetrarem conto publicado.
Ao cabo, o editorial de moda exibe figurinos que o leitor médio da revista - a quem conheci ad vomitum durante os anos de tetudas vacas corporativas - só vestiria se ostentando no Hard Rock Cafe de Orlando o galardão de vencedor na vida. Porque os modelitos, sem exceção, são todos "coisadiviado".
E a lembrança repentina de que o muitas vezes pranteado Diego era assinante RIP havia mais de dez anos.
2.11.07
Police go home
Só aceitarei comentários em contrário se contiverem alusões maldosas ao estilista de Saraminda (sic).
1.11.07
L'ennui et la revolución
Moral: qualquer saída revolucionária que não tenha como prioridade o empastelamento incondicional d'A Globo não precisa contar com o meu apoio.
30.10.07
28.10.07
Rome, Berlusconia
O troféu retrata o sobredito soberano, eqüestre (entra na Reforma?), no que parece ser vidro (acrílico?) pintado, e ainda, por cima, jateado.
23.10.07
Burn, chica!
Os incêndios na Califórnia são, em verdade vos digo, uma grande montagem cenográfica (operacionalizada pelos Estúdios e por algumas security forces) destinada a engambelar as multidões de famélicos dos países colonizados via o vilanismo bushista que campeia em todos os media.
"Os ricos também se fodem um dia", informa o otimista tagline do script.
Neste, um famoso e canastrão ator convertido ao budismo recebe bem a notícia da completa transubstanciação de sua frugal maloca em Malibu. E, sorrindo para a falsa equipe de reportagem, ainda se surpreende ('so few casualities!') com a eficiência gerencial do Governator e director Schwarzie, esse grande estadista.
Puro cinema.
Foice e martelo neles
(Fôia)
21.10.07
Capitão Nascimento neles
Em seguida, sacai só como a legenda da fotografia infra (que retrata, esclareço, o sr. Peter Raver, jovem presidente - ora reconduzido - da recém-pilhada multinacional ciscadora) é verossímil piada-pronta neste nosso paraíso onzeneiro:
20.10.07
Elementar, meu caro Watson
Vendo, por puro fastio, as fotos da peruada dos futuros bacharéis e bacharelas das Arcadas, não deparei com um único preto, pobre ou mulato (há uma menina, sim, que poderia ser considerada pouco inteligente por Watson, mas de cabelos alisados).
Quase entendi: os anticotas não querem semelhantes companhias emporcalhando o ambiente quase dinamarquês.
19.10.07
Bluteau, 1720
17.10.07
Cisco no dos outros
Nesse discurso totalitário, mais uma vez batendo continência verbal ao dindinheiro, não se prevê a hipótese de que o empreendedorismo (sic) inzoneiro - apodo cujo étimo se liga a onzena, juro de 11% - seja bandido de per si.
Bandidos, como é notório, são vocês, os maconheiros comunistas.
15.10.07
12.10.07
Bush neles
Se atingir uma mortalidade infantil de quatro crianças com menos de cinco anos para cada mil nascidas vivas (atualmente esse número é de sete, contra 13 em 1990), o país terá alcançado os objetivos da ONU em todos os quesitos, antes do prazo estipulado.
(BBC Brasil - e óia que o ranking foi elaborado por uma entidade baseada em Washington)
10.10.07
Chávez neles (II)
Se insisto, até então habitué gratuito mas joão-sem-braço-já-descrente, sou desacatado pelo seguinte cacho de perífrases, que, tontas, giram em torno do tolo e branco-elitista pay or go:
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31.8.07
Carta ao Prof. Kretzschmar
Penso que em Corpo de Baile a moderna indeterminação (ou embrejamento, para horror de Gulaberto Gaspar) da linguagem ficcional é efetuada pelo (talvez) mais formidável sistema de referências funcionais já mobilizado na literatura brasileira.
O espaço interno do livro é delimitado pelo aproveitamento (re-arranjo) de tantas e tão minuciosas referências geográfico-empíricas que sua arquitetura não pode, realmente, prestar-se a recobrir a banalidade de um previsível hieróglifo do Caduceu ou, ainda, o Mistério da Pirâmide de Memphis (com o Elvis dentro).
O alegórico, em Corpo de Baile, é tão pouco "interpretável" quanto, digamos, o Parnaso de Andrea Mantegna.
Nesse sentido, não se pode esquecer que as estrelas do Pinhém não são deuses. Elas apenas formam constelações visíveis que Rosa conhecia (pois lia livros de astronomia) e que por ele foram aproveitadas de modo acutíssimo, como também os nomes de fazendeiros constantes nos mapas de Minas da década de 50. Lélio e Lina, ao fugir para o Peixe-Manso, estão também tomando o rumo da constelação de Peixes, mas esse fato não diz nada sobre o "significado profundo" do terceiro poema do livro; antes, indica que Rosa gostava de utilizar todas as referências empírico-funcionais que pudesse (e podia muito), de modo a exercer o mais estrito controle sobre a cenografia das situações narrativas (e essa vontade de tudo querer abarcar parece estar figurada no Côco de Chico Barbós).
Em Corpo de Baile, os deuses e heróis continuam precisando cavalgar diversas léguas, passar os rios pelos vaus e orientar-se pelas estrelas, se viajando de noite; nas estórias de amor, o arruado do Ão (Doralda), a fazenda de dona Vininha (Vênus) e a Samarra (Leonísia) estão localizados ao pé de vertentes de serras que, sempre recobertas por verdes matagais, desenham em seus contrafortes grafismos em "V" semelhantes ao sexo feminino (apud Rosa, num dos Cadernos); o verde das águas do rio Abaeté (Mãe, Glorinha) é também o verde-escuro do vestido de Lina, na fuga do Pinhém. "Nesse mundo, tudo é visível, tudo é concreto, tudo é corpóreo, tudo é material e, concomitantemente, tudo é intensivo, inteligível e artisticamente necessário." (Bakhtin).
A estudada cenografia ficcional de Corpo de Baile, planejada em níveis inéditos de detalhamento, leva, por sua evidente extração científico-naturalista, a Goethe - a quem também muito interessava, de acordo com Bakhtin, a descrição acurada das bacias hidrográficas e das cadeias de montanhas. No começo de Afinidades Eletivas, com efeito, o Capitão visita os domínios do amigo Eduard a fim de logo agrimensá-los, mensurá-los, descrever e apresentar sua superfície aparente: para Bakhtin, o espaço goethiano é regido por uma "necessidade" tão concreta e visível como os afloramentos geológicos.
Essa necessidade histórico-geológica, em Rosa, manifesta-se sobre o tempo t da estória de modo a amorosamente amalgamar descrição e diegese num terceiro composto, tanto mais consistente quanto pleno, comme il faut, de ressonâncias cósmicas: terrae uis. O estudo dos mecanismos desse alegorismo total, Gesamtkunstwerk, precisa fundamentar-se na intrincada intratextualidade dos poemas, e talvez por isso até hoje continue negligenciado pela crítica. (...) Isso ajuda a visualizar, como num mapa, os contornos da rede de relações (simpatias, repulsões) que governa os itinerários no interior do sertão roseano, sem que, para tanto, seja necessário propor uma pouco honrosa ingerência da hermenêutica intertextual (ocultismo, o Brasil, mitologia grega etc.) sobre suas muitas significações possíveis.
Trata-se, claro está, de acionar a máquina do ciclo romanesco e de assisti-la funcionando, apenas reproduzindo seus processos internos. Estes se tornam visíveis na physis do livro através das assinalações dos acidentes e fatos geográficos (o Morro, o rio Urucuia, a constelação do Boieiro etc.), pois estes (pre)figuram, alegoricamente, os caracteres das personagens e seu destino no futuro da leitura. A proposta é determinar a maneira com que a disposição geográfica dos cenários das fazendas, condicionada pelos caprichos da Natur roseana, opera a idéia de uma "orografia cenográfica" (expressão registrada nos Cadernos) que mobiliza todos os poderes do Rosa naturalista e o engenho perverso do Rosa logogrífico.
Essa cenografia das fazendas seria, em alguma medida, homóloga da organização dos membros do corpo alegórico do livro? Isto é, poder-se-ia pensar no espaço cartográfico delimitado pelas principais fazendas de Corpo de Baile como metáfora animada de uma idéia de Totalidade, alegoria cartográfica do Sertão, no-nada?
Estas são as hipóteses, e a desmesura dos cartógrafos do Império, em Borges, é a perfeita imagem da encrenca em que me meti, não acha?
Um abraço,
José Américo.
29.8.07
28.8.07
Our brand is crisis
Assistindo ao documentário supra - cujo título foi extraído da fala de um dos marketeers de Bill Pinton -, termina-se por querer militar ao lado da violenta revolta de 2003 e da conseqüente unção eleitoral do polvoroso MAS, em 2005.
O filme é elegante, agudo. Ressalta a homologia alegórica da Bolívia com o restante do continente por sinédoque e hipérbole, o que é sempre muito tentador. A diretora, norte-americana, acompanha os entreatos da campanha presidencial de Gonzalo Sánchez de Lozada - o ex-presidente neoliberal, epígono de FHC, Salinas e Menem, hoje procurado por diversos crimes - entre os quais a centena de mortes políticas perpetrada em apenas 1 (hum) ano de mandato.
Sempre que precisa exprimir-se em castellano, Gonnie - como é chamado pelos yankees - ostenta um blatant acento Ivy League. Fumando charutos, esse wonderboy da Universidade de Chicago é acometido por um esgar de sobrancelhas e ventas muito bem sacado pelo Angeli, sempre que a injusta distribuição precisa ser resumida numa só fisionomia.
Um ato de seu governo, típico, bastará para sumariar o que interessa: quando se privatizou o serviço estatal de distribuição de água, os indígenas foram proibidos de reservar a água da chuva, pois se precisava garantir a segurança jurídica dos contratos firmados com a empresa francesa.
Acrescento, com Rubem Fonseca, que Gonnie tem aquela feição balofa e sanforizada que certa vez levou o Cobrador a querer, com uma faca bem afiada, extirpar as bochechas de um bebedor de uísque da televisão, deixando a alegre figura com sorriso de caveira. E que a mesma vontade me deu em relação a vários dos estadunidenses, todos eles gerenciadores de focus groups.
Como se sabe, o medo em 2002 venceu por menos de dois pontos percentuais, e só restou à esperança mudar-se para o Bom Retiro, onde trabalha costurando 19 horas por dia.
27.8.07
Fapesp: de volta para o Ensino Superior
Note-se que o governador chileno-paulista está a desfazer, uma a uma, as decreções que assinara no início do ano, relativas ao ensino & pesquisa paulistas.
Clarín y timbal!
24.8.07
Saint-James
Segundo Nelson Rodrigues, a limusine do ilustre patrão de Saint-James - e fundador da única casa bancária - tinha até cascata com jacaré.
Culpa social é mesmo um complexo de classe média.
23.8.07
Eldorado das Arcadas
Dois ex-diretores da Faculdade de Direito da USP, como se sabe, foram ministros da ditadura.
Luiz Antonio da Gama e Silva, o Gaminha, ministro da Justiça de Costa e Silva, escreveu integralmente o glorioso texto do AI-5.
Alfredo Buzaid também vivandou bonito, exercendo o mesmo cargo durante o cálido consulado de Medici. Maior feito? Esta frase, ainda em dezembro de 1969: "Se tivermos conhecimento - o que ainda não aconteceu - da execução de atos de tortura em qualquer região do país, o ministério da Justiça saberá aplicar as medidas tendentes à punição dos responsáveis".
Como se vê, o atual diretor João "Patrimônio Público" Grandino tem ilustres precursores.
Entrementes, um certo coronel Camilo teve a cara-dura de assim justificar a excursão dos presos de ontem à delegacia: "o pessoal do MST, por exemplo, podia se autolesionar para culpar o Estado."
Com efeito, quem não é da minoria branca (ex-elite) - deu no Jornal - não possui quaisquer "valores" democráticos, nem mínimo discernimento "ético". São mesmo uns fanáticos perigosos.
Tanto que, certa feita, numa rodovia do Pará, a PM achou que seus ônibus não comportariam tantos e tão malvados sem-terra, e então tratou de garantir que eles não tivessem tempo de se autolesionar.
Unindo as duas tragédias (a PM não passava pelas Arcadas desde 1968) e resguardadas as chatas proporções, a coincidência: ambos os governadores, o (ex-)paraense e o atual chileno-paulista, se declaram social-democratas e piciformes.
20.8.07
Linhas tortas
(Fôia)
19.8.07
17.8.07
No país da piada pronta (perdi a conta)
Pois é, o Projeto Bar Slum nasceu com o intuito de resgatar, nas pessoas, alguns valores básicos do nosso dia-a-dia, que às vezes deixamos para trás.
A idéia é buscar algo que possa representar valores importantes como espírito de comunidade, alegria, descontração, diversão, amizade e solidariedade.
Por mais estranho que possa parecer para alguns, obviamente deixando de lado alguns pontos negativos que lá existem, slums também traduzem esses valores.
Foi nesses aglomerados urbanos chamados slums, que existem desde 1897, que nós nos inspiramos para criar este bar, que tem como missão ser um lugar agradável, solidário e descontraído para compartilharmos alegrias."
("Conceito" de conhecido bar no distrito yuppie da Zona Sul de São Paulo, extraído do sítio homônimo - mas traduzido)
Trairei
(do Portal Tierra)
16.8.07
Reflexão com dor-de-dente
13.8.07
Deu n'O País (Madrid)
11.8.07
Après le coup
"Não significa que os criminosos não devam ser punidos nem os responsáveis irresponsabilizados. Significa que cada um pague pelo que fez, não pelo que foi. Ninguém tem culpa de ter sido ministro de um governo legalmente eleito, constitucionalmente organizado. Ninguém tem culpa de ter sido ministro de Lula, nem mesmo o senhor José Dirceu."
(Reynald Hollywood ou Diego Mijnaard, felizes da vida, telegrafando David Nasser em 10 de abril de 1964)
Pequeno tópico sem dor
(Millôr Fernandes, 1959)
10.8.07
Aliás...
8.8.07
Mandrake
Interpretado por Marcos Palmeira, o advogado carioca e cínico de Rubem Fonseca perde tudo: chic, approach, wit, élan, Weltanschauung, rebolado. Não dá.
Quanto a Erika Mader, a moça tem lindos cabelos, mas Bebel, penso, deve sempre ter estômago alto, no mínimo.
Já Maria Luisa Mendonça como Berta Bronstein... (suspiros)
Miéle como Wexler até agrada, mas não tem o nariz racial requerido pelo physique du rôle.
Alexandre Frota, leão-de-chácara-e-locutor-de-strip-tease, é aquilo que se sabe.
Lavinia Vlasak como a princesa rica estraga os melhores diálogos de "Dia dos Namorados".
Marcelo Serrado, o Raul da Homicídios, é coisa (mais uma) de novela das sete.
A turma de amigos advogados, reunida em momentos Friends, é uma concessão tola à falta de conexões lógicas entre os acontecimentos, mal-ajambrados numa colagem estúpida de retalhos dos contos.
A (necessária?) modernização das tramas, transferidas à era do celular e do lcd, é lamentável pela facilidade com que uma puta mineira vira uma cachorra suburbana e um banqueiro igualmente mineiro se transforma em diplomata argentino.
Para terminar a malhação (comovida), bastará dizer que Tony Bellotto fez parte da "equipe" de roteiristas.
7.8.07
Last 10 keywords
08/07/07 11:21:22 | Feel Good Soja (Google) |
08/05/07 21:43:37 | "dez mandamentos para dormir" (Google) |
08/05/07 18:25:28 | peças para camionetes antigas (Google) |
08/04/07 19:15:51 | sexo com animal na europa (Google) |
08/03/07 19:58:27 | putinhas de rio verde (Google) |
08/03/07 12:35:55 | Flaubert Educacao sentimental (Google) |
08/02/07 19:03:23 | cinco sentidos do corpo entradas da alma (Google) |
08/02/07 18:53:03 | plasticas de umbigo em inglaterra (Google) |
08/02/07 18:32:45 | torturas com umbigos (Google) |
08/02/07 17:40:43 | funcionarios da avon (Google) |
5.8.07
Foras
Anos depois, muitíssimo exaustos, os esparsos foralula que, entrementes, meteram-se a querer derrubar o chefe danassão, numa só tacada ainda arrematam metade das riquezas do país. Não se engane, raro leitor: quantos deles não se aninharão, com jacuzzis, naqueles famosos 0,07% (133 mil) do "povo" ou, já meio favelizados, naqueloutros 0,7% (1,3 milhão) que podem comprar semanal e religiosamente o supradito hebdô? Chocou-os todos - consta - a recente e estrepitosa débâcle do "ônibus do ar" europeu, obviamente mal-adaptado às inclemências do subdesenvolvimento nacional. Mas, voltando aos bois - ainda assim, é sempre uma gente que, arredondando, encastela com muros (há brasões) e pitboys cerca de 70% da bruta renda. Que tem bala na agulha e bradesco práime.
Constato, via internet banking, que acabo de me tornar classe B2; é um começo. E assim bem-pago, concluo que:
1. o forafhc não tinha como ser golpista, "aquela raça" era meramente funcionária, na melhor das hipóteses; e, como se sabe, na tradição brasileira, golpezinhos e golpões sempre foram coisa de oficial para cima; o próprio Prestes, em 1935, morava na Zona Sul.
2. o foralula é apenas mezzo-golpista, meia-bomba, pois se inscreve (quase geometricamente) num esquema de franquias (re)acionárias latino-americanas que - ôba! - só tem prosperado em Miami. Acho que tudo não passa mesmo de mais um obsceno desfile de cachorritos penteados e matarazzos. Mas - anoto - os auto-eleitos das elites, cansados de ficar no banco (literalmente) - como demonstraram 1822, 1889, 1930, 1932 (Constitucionalista é o cacete), 1955 (na trave), 1961, 1964, 1969 (um recorde!) e 1997 (quando um golpe apregoado pelo tal Serjão comprou a precavida reeleição) -, recomeçaram a rosnar baixinho.
Injusta distribuição
27.7.07
Nome aos bois
A
OAB
26.7.07
No país da piada pronta (III)
Depois de claustrofóbica animação em flash e de ser recepcionado por um morto em acidente aéreo (o amaro fundador da empresa, sorridente contra um reconfortante fundo azul com nuvens brancas), o visitante aprende que figura em primeiro lugar na lista de Mandamentos da MAT a cândida sentença "nada substitui o lucro".
Caraca(s)!
Seu
Aparentemente relendo Saint-Éxupery, a
Estará a Freedom House também contribuindo para o cívico convescote?
Serão os democráticos comerciais dirigidos pela Paula Lavigne ?
*
Segundo a
*
Tais instruções, tais integrantes, tais medos - estarei delirante, paranóico? - seguem à risca o platinado paradigma Fedecámaras e CTV. Vede o imperdível documentário "La revolución no será televisada", dirigido por dois cineastas irlandeses que tiraram a sorte grande e estavam em Miraflores no dia 11 de abril de 2002.
Notórios integrantes do IRA (e, portanto, do Foro de São Paulo), os gaélicos diretores nos fazem notar a grande profusão de bispos e loiras circulando pelos corredores do poder, após o efêmero sucesso do golpe midiático - deflagrado, como se sabe, por uma uma passeata promovida pela "sociedade civil".
*
E se foi o coitado do
25.7.07
23.7.07
Apud Günter Lorenz
22.7.07
Os músicos (sic) mais populares (sic!) do Brasil
2. Zezé di Camargo & Luciano
3. Bruno & Marrone
4. Roberto Carlos
5. Daniel
6. Leonardo
7. Ivete Sangalo
8. Calcinha Preta
fonte: Datafolha
(Ach, ich fühl's...)
21.7.07
Despacho obsceno
20.7.07
Top, top, top!
19.7.07
Cerradas (final)
Faz cinco dias que a classe executiva da american airlines o introduziu in America, com muitos mimos e brindes.
No aeroporto, os agentes de imigração até que pegaram leve com o nosso herói: era domingo; sua carta de apresentação era poderosa; seu visto, confiável. A multinacional em que Diego trabalha, diga-se, é bastante admirada back home. Assim, depois da terceira conferência de mala, os meganhas simplesmente lhe disseram welcome, Mr. Rassi, thanks for your cooperation, sem piscar os olhos nem sequer ordenar que Mr. Rassi tirasse os sapatos.
Altaneira no panorama banal de Minneapolis - uma espécie de Uberlândia quase perto da fronteira com o Canadá -, Diego logo admirou a envidraçada sede planetária da "sua" empresa.
É para lá, desde a segunda-feira desta semana, que nosso herói tem se deslocado cedinho, de táxi (dirigido por um iraquiano), deixando o hotel sempre às 07:50 am.
A prudente multinacional, cheia de outras culpas no cartório, sempre foi muito zelosa com seus gerentes terceiro-mundistas. Torra generosas verdinhas para que lhes sejam felpudos os cobertores e eficazes as instruções passadas em intermináveis sessões de powerpoint: diárias no caesar business, classe executiva e até 50 dólares por jantar (com bebida). O moral dos aguerridos regional teams tem, desse modo, se mantido bastante alevantado.
Diego fala bem o inglês, o que, junto com os olhos esverdeados, contribui para que seus colegas e chefes norte-americanos lhe dispensem o mesmo nível de falsa simpatia geralmente reservado aos gerentes da Europa meridional - quase nada superior àquele dirigido aos morenos miguelitos de nariz adunco e acento pronunciado.
Faz quatro dias que Diego, sentado entre outros nove colaboradores latino-americanos, acompanha um curso de R&D Awareness conduzido por geneticistas, cientistas sociais e marketeers sortidos e viajados para tal. Diego anotou hoje, entre outras coisas importantes, os deadlines de um projeto que, desenvolvido secretamente na sucursal do Vietnam, "explora as potencialidades do mapeamento do genoma humano para a segmentação dos mercados consumidores de arroz".
Diego vai hoje à noite jantar com o grupo de course colleagues & coaches num elegante (sic) restaurante grego.
Jequice macabra
Todas - sem exceção e sempre com mal-disfarçado espírito de vira-lata - mostraram o que (e com que destaque) certos sítios e jornais do ultramar (rico) tiveram a dizer sobre a tragédia.
Alles in ordnung, tudo como de costume; tudo como se noticiar com garrafais um acidente aéreo em que morrem 200 pessoas não fosse obrigação jornalística básica em todos os lados do mar oceano (até, digamos, no Irã); tudo como se sair no Times, no Post ou na CNN, mesmo nestas circunstâncias horrorosas, fosse ainda assim mais um tento nosso.
Em tempo: minutos após a colisão, enquanto a globo mostrava ginástica artística e novela, a band e a redetv!, certamente sem muitos prejuízos publicitários, davam tudo ao vivo (entrementes, Lula é sempre o culpado de tudo - é claro).
18.7.07
16.7.07
Chávez neles
A
Li a matéria. Fui CDF. Refiz os cálculos
E concluí:
Provemo-lo.
As 130(130000/189283378) x 100 = 0,068%!
do
Não os reconfortantes 0,7% ora impingidos (com 1000% de superfaturamento) na capa do jornal.
Espantoso!
0,068%
dos
99,932% (sic ;-)
pobres
14.7.07
12.7.07
Peréio 2010
PAULO CÉSAR PERÉIO - Minha opinião é a mesma do Flávio de Carvalho. Ele fez um projeto muito bem estruturado, com cálculos minuciosos, para demolir o Cristo Redentor. Se o Flávio falou, "tá" falado. Para mim , ele é um gênio. Essa é a minha proposta. Quero demolir o Cristo.
10.7.07
Herbert Marcuse
(One-Dimensional Man)
Alguém lá em cima (realmente) gosta de mim
Aqui!
Pelo andar do carro-de-boi, logo logo estarei em posição de cobrar royalties da Fundação Fodd.
Mas antes será preciso extorquir um mensalinho da Van der Brecht.
7.7.07
Pops neocons
Há um estilo literário novo no Brasil.
Talvez alguns incautos o comparem aos de personagens antigos. Mas este estilo não é o mesmo revelado nas letras tônicas de Lacerda, a ponto de levar Getúlio ao suicídio, dizem as más línguas. Nem tem a graça e a ironia fina de um Nelson Rodrigues.
Não é humorístico (humor negro) como o de Paulo Francis; nem traz o idealismo rascante de um Glauber Rocha. Não é inteligente como o de Merquior, nem tão pouco instigante como o dos editoriais de antigos jornais de referência, como o do Correio da Manhã.
Até mesmo porque esse estilo é importado dos Estados Unidos. A esse novo estilo chamaremos literatura neocon (ou simplesmente pop neocon).
A fórmula é simples. Pega-se um tema qualquer que dê uma boa discussão. Na falta dele, alce um tema à categoria de grande polêmica da sociedade (sim, a literatura neocon consome muita energia e não pode sobreviver na calmaria cotidiana).
Depois faça comparações hiperbólicas (“culpados pela matança de cem milhões de pessoas”, etc), e traga à cena personagens da história, mas de preferência vilões incontornáveis (Stálin, Hitler etc). Isso é para que não haja dúvida sobre de que lado ficar.
Por fim, produza-se alguma alcunha espetacular sobre algum personagem público ou tornado público, exatamente com o intuito de difamá-lo. Às vezes essa alcunha pode ser direcionada ao grupo ideológico rival.
A literatura neocon é um tipo de folhetim, onde se encontram os elementos mais básicos desse gênero: periodicidade, uma eterna luta de mocinhas indefesas contra megeras, degenerados de caráter versus homens de respeito e, principalmente, um final triunfal.
A diferença é que não é o personagem que vence, mas o jornalista-justiceiro, o intelectual desvelador da grande sacanagem da História.
Não aderiram a ela somente cineastas e literatos ruins. Muitos jornalistas e mesmo intelectuais ávidos por uma boa cena de pancadaria também gozam com seus sadismos.
Com certeza, se me permitem a ironia, é uma forma de gozo perverso, pois que se volta a ela incessantemente, mesmo contra a lei do bom debate. E como o aspecto sádico do caráter traz o negativo do masoquismo – vicissitudes das pulsões, segundo Freud – gozam também ao ser odiados e espinafrados.
A organização textual da literatura neocon é basicamente dissertativo-narrativa, onde a narrativa é fundo e não figura.
A dissertação reafirma o desdém pela opinião adversária, uma sensação pouco fundamentada de superioridade e um argumento fragilizado pelo próprio automatismo da expressão raivosa.
Há muitos. Muitos adjetivos depreciadores.
Ocupa hoje vários suportes: colunas de jornais, telejornais noturnos, sites e blogs.
Os EUA são o primo rico do pop neocon: lá esse tipo de literatura vende centenas de milhares de livros.
Da mesma forma, ocupa a justiça com processos de calúnia e difamação (como se não se tivesse mais o que fazer nos fóruns).
Não há literato neocon que não tenha respondido a alguns processos por crimes contra a honra. Essa é a medida do seu sucesso.
A fórmula da agressão é imperativa. Talvez esse seja o maior problema da literatura neocon. E está no fato de fazer incessantemente da vilanização do diálogo.
Esse problema é pior do que o seu alinhamento com uma posição ideológica (afinal há inúmeros folhetins de esquerda tão chatos quanto); ou de ser um típico produto mass cult da Indústria Cultural (dotado de clichês, e público bem detectado).
Partindo de uma percepção equivocada da natureza humana, como encarnação simplória da oposição entre o bem e o mal (desde que o mal esteja do outro lado), este tipo de literatura dramatiza a reflexão e, principalmente, ajuda a disseminar ou consolidar a cultura da intolerância.
Ser paciente e civilizado, ser tolerante à opinião com a qual não se concorda, ser educado, mesmo que o outro não o seja, faz-nos desprender um esforço muitas vezes incomum, sacrifício esse próprio de superação do que um certo político de alcova em recente história brasileira chamou de “institutos mais primitivos”.
A possibilidade do diálogo público é o melhor lado da modernidade, que tantas coisas ruins também nos trouxe. Esse sonho civilizacional definitivamente não faz parte da literatura neocon.
6.7.07
No país da piada pronta
Comprei-o - o livro - no sebo Nova Floresta, a oeste da Sé, em 2005, por algumas (saudosas) centenas de reais.
E ainda resiste no frontispício um selo mal-colado da Livraria Triângulo.
5.7.07
Google Awards
4.7.07
Die Nationale Presse
O que mais me divertiu, contudo, foi saber que o nome da cuja sul-africana empresa abrevia a cândida denominação africâner De Nasionale Pers. Ou ainda, em alto-alemão, por que não?, Die Nationale Presse.
A Naspers era, por assim dizer, o braço impresso e irradiado do Nasionale Party. Aquele...
Tem galardão...
El Oro de Caracas
1.7.07
Escroques, trapaças e jornalistas meliantes (final)
A fotografia acima, que o livro do Elio Gaspari credita à Agência JB, retrata o capitão Lamarca em fins de 1968, dando posadas aulas de tiro às funcionárias do bradesco no estande do 4o. Regimento de Infantaria, em Quitaúna (SP). Antes, portanto, da "deserção", em janeiro de 1969 - sempre segundo o autorizado Gaspari.
(Como sempre) por acaso, ocorreu-me notar que a VEDE, numa edição recente de cujo número no quiero acordarme, ilustra com foto muito similar um textículo não assinado que, na cara dura, intitula-se "Bolsa-Terrorismo" para começar a meter o pau na promoção da viúva do ex-capitão Lamarca até a patente (leia-se pensão) de viúva de ex-coronel (não entremos, por ora, no mérito dessa candente questão previdenciária).
Falta-me a reprodução da fotografia da revista (sic) por não ter conseguido crackear uma senha de acesso ao sítio da April, Inc., mas garanto-vos (os são-tomés podem correr à ante-sala do consultório do dentista para comprovar) que, naquele número nada exemplar, VEDE elege a seguinte moçoila para aparecer fazendo mira com uma ameaçadora arma longa, sempre sob as atentas vistas do espigo Lamarca:
O raro leitor concordará, confiante, de que se está falando de fotos produzidas nos mesmos press sessions days, no mesmo aloucado 1968, num mesmo quartel do Exército no interior (ou quase) de São Paulo?
Pues. Sucede que a legenda da ilustração da VEDE, posso fiar a barba, refere-se a algo como "Lamarca depois do Exército" ou "Lamarca depois de se tornar um terrorista frio e sanguinário" - depois, concluo, de janeiro de 1969.
Blind chance? Cochilo da revisão? Ou estamos apenas patinando no campo barthesiano da significância? Pouco provável: no mesmo exemplar da revista (sic!), apenas algumas páginas depois da anônima matéria, o proverbial Reynald Hollywood (© M. de Verdepascoli), assustadiço com a maré vermelha que vingativamente lhe entupira os bofes da caixa-postal, perpetra um artigo (sic!!!) em que se igualam os (então) ocupantes da reitoria - convenhamos, no máximo larápios ou toxicômanos - ora aos traficantes do Complexo do Alemão, ora à Al-Qaida.
Batata: após a recepção escalonada dessas palavras de ordem, se tiver prestado mínima atenção à semiologia exotérica da trapaça (operada até mesmo em nível subliminar, não duvidemos de nada), o leitor médio da VEDE - que, como se sabe, só lê VEDE e era (é, e sempre será) favorável à incursão do Batalhão de Choque - estará preparado para navegar no brilhante insight: "Estudantes de saias listradinhas têm sido instruídas por subversivos covardes e impiedosos a fazer fogo contra a sociedade judaico-cristã-ocidental desde a longínqua época da Revolução (sic!!!!!!!!!!) - e agora com o dinheiro dos meus impostos, meu Deus!"
Esforçando-se durante o breve intervalo entre a Novela e o Jornal Nacional, o mesmo leitor médio concluirá que os burgueses revoltados e mimados da USP não passam todos, como sempre, de testas-de-ferro de terroristas/ bolsistas provenientes de Potências Estrangeiras (Moscou, Havana, Caracas, Pyongyang, Pindamonhangaba etc.) interessadas em instalar no torrão inzoneiro uma ditadura comunista.
Mas, como na ópera, ainda dá tempo de cantar a conclusão moral da farsa toda: num mundo em que o mesmo bradesco patrocina a Dança dos Famosos (ora reciclada, literalmente, como Circo), as laboriosas fotomontagens stalinistas - precursoras do photoshop e, portanto, do pioneiro ensaio da Hortência na Playboy - há muito já não são mais necessárias;
basta a mais fácil e descarada mentira inepta.
30.6.07
Caraio
Por precaução, no caso de estar mesmo sendo tomado pelo terrorista que acionará a célula paulistana do Plano, esperarei a visita dos humvees & blackhawks com uma bandeira da Rioverdense me recobrindo o peco peito.