8.8.07

Mandrake

Personagem mais desperdiçado desde a incrível Olga Benario de Jayme Monjardim (sic), o Mandrake do Home Box Office Brazil é uma grande bomba.
Interpretado por Marcos Palmeira, o advogado carioca e cínico de Rubem Fonseca perde tudo: chic, approach, wit, élan, Weltanschauung, rebolado. Não dá.
Quanto a Erika Mader, a moça tem lindos cabelos, mas Bebel, penso, deve sempre ter estômago alto, no mínimo.
Já Maria Luisa Mendonça como Berta Bronstein... (suspiros)
Miéle como Wexler até agrada, mas não tem o nariz racial requerido pelo physique du rôle.
Alexandre Frota, leão-de-chácara-e-locutor-de-strip-tease, é aquilo que se sabe.
Lavinia Vlasak como a princesa rica estraga os melhores diálogos de "Dia dos Namorados".
Marcelo Serrado, o Raul da Homicídios, é coisa (mais uma) de novela das sete.
A turma de amigos advogados, reunida em momentos Friends, é uma concessão tola à falta de conexões lógicas entre os acontecimentos, mal-ajambrados numa colagem estúpida de retalhos dos contos.
A (necessária?) modernização das tramas, transferidas à era do celular e do lcd, é lamentável pela facilidade com que uma puta mineira vira uma cachorra suburbana e um banqueiro igualmente mineiro se transforma em diplomata argentino.
Para terminar a malhação (comovida), bastará dizer que Tony Bellotto fez parte da "equipe" de roteiristas.

Um comentário:

Anônimo disse...

simplesmente não dá pra conceber o marcos palmeira dizendo "panatela, escuro, curto".