2.1.12

Acabei de ler Deus, um delírio, do Richard Dawkins - que ganhei, vede só, de presente de natal.
Pareceu-me que o livro, conquanto divertido aqui e ali, não passa de uma catilinária meio delirante contra o sobrenatural e a religião. Não que essas cousas sejam respeitáveis - odeio e quase sempre escarneço tudo que se aproxime de padres, templos, êxtases, dogmas e dízimos (embora leia horóscopos para me precaver de las brujas) -, mas o cara claramente despiroca. Afinal, escrever 500 páginas para tentar provar que os deuses não existem não seria respeitá-los em excesso? Tudo bem, é certo que as cousas andam mal no mundo anglo-saxônico - embora britânico, o autor prega mesmo para o público ianque, que nas próximas eleições votará en masse nos crentes entusiastas do extermínio de gays, ateus, bolivarianos e demais endemoniados -, e um pouco de descrença e laicidade seria muito bem-vindo por lá. Mas, a despeito de não manjar nada de biologia evolucionista, achei que os argumentos fornecidos com base em Darwin carecem de fundamentação científica, são simples suposições meio common sense, meio wishful thinking: afirmações sem provas - tal como os dogmas combatidos, e com retórica menos atraente.
Talvez bastasse sair pichando "Cachorros foderam o Papa" por aí.

2 comentários:

flogisto_calavera disse...

http://www.youtube.com/watch?v=0YUx36yLLug

Érico disse...

Evviva!