27.12.11

Ontem, de bicicleta, tive um alumbramento musical involuntário - ocasionado, como sempre, pelo shuffle. O piano começou a tocar uma bonita e aparentemente desconhecida melodia brasileira, e logo me pus a pensar se seria Camargo Guarnieri ou Francisco Mignone ou, quizás, Alberto Nepomuceno. Meus amigos, meus inimigos, não se tratava de nenhum compositor pátrio: puxei a maquineta do bolso e descobri que era puro Chopin tocado por Nelson Freire, our eternal hero. Num segundo, desse modo, saquei pelo avesso de onde vêm os nossos suspiros poéticos e saudades musicais da Polônia, França e Bahia via Ernesto Nazareth e outras polcas.
A tarde foi mesmo produtiva. Alguns quilômetros depois cheguei a uma conclusão definitiva sobre o ciclo de vida das nuvens.

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