6.4.09

Ratzi, me chicoteia!

Durante papo com autorizado conhecedor da Santassé (em verdade ex-seminarista de ilustre sociedade religiosa, ledor de Nietzsche, habitué das Sete Colinas), a segunda tentativa de contestação da infalibilidade do papa Ratzinger provocou imediato abandono de mesa e, claro, inclusão mental na lista de excomunhões a sugerir.
Embora saiba que certos hábitos e opiniões já há muito me garantem o sumário desmame da Santamadre, reitero que não blasfemei contra os santos nem fiz alusões marotas à pitoresca incolumidade do hímen da Madonna. Deu-se que apenas e lateralmente cuspi nas estruturas da hierarquia & disciplina canônicas (confesso que mencionando Lutero e sem esconder viva simpatia pelo adágio setecentista alusivo à utilidade cívica das entranhas dos reis).
Sorte minha não haver feixes de lenha e fósforos à mão.
Se o século XVI ainda não chegou para todos, tant pis pour eux.
Exilar-me por alguns dias no XXI, comemorando o doce quarto outono desta besta página - e a inexorável extinção do flagelo papista sobre a Terra -, eis o óbolo que ofereço à paciência dos raros e, tenho a certeza, piedosos leitores.

3 comentários:

flogisto_calavera disse...

o abandono da mesa deu-se com estrépito ou com pesado silêncio?

Érico disse...

Dir-se-ia que com obsequioso estrépito.

Messer Tartufo disse...

Você deveria ter dito que a sua passagem por Amsterdã o tinha iniciado em alguma ordem maçônica - rito escocês, bem entendido.