18.6.07

Lendo e vendo a VEDE: nunca resisto, mas tampouco a compro

A April, Inc., sempre ali ao lado da USP, sempre altanado bastião (ou benedito, no me acuerdo bien) da fundamental e extenuante defesa da DEMOcracia (certo, cansou), ora em infatigável curso pelas boquitas pintadas de seus proverbiais sicofantas, bem que poderia lançar uma campanha cívica (alô, corporate marketing!) em que oferecer-se-iam em holocausto patriótico os seus (dela) formidáveis recursos logísticos e inegável know-how-sweet, franqueando baias & salas ociosas de seu (dela) quartel-general Marginal ao usufurto (sic) dos fflchianos & demais flagelados ainda interessados em democraticamente dar & receber aulas (cujo herói é desde sempre o autoproclamado cadeirático Abdalla).

Como a fibra da esmagadora maioria dos professores & alunos fflchianos foi sabidamente rompida pela incipiente ação subversiva e/ou pelo inverninho temporão, seriam poucos os felizardos que, pontas-de-lança desta nascente sinergia uni-emp, ver-se-iam - depois dos indefectíveis elevadores panorâmicos e dos necessários chazinhos & biscoitinhos de boas-vindas - equipados com os mais modernos recursos audiovisuais and wireless applications: very thin lcd screens, máquinas de café (25 cents o cinnamom capuccino) e eficiente sistema central de condicionamento de aire (o Sistema, como o dos os trens que ora deslizam ali embaixo, é estranhamente espanhol). Pequenos seriam, destarte, os custos operacionais da coisa toda em relação à sua (dela) eficácia propagandística, sem falar na inegável mas ligeiramente mais intangível e aleatória defesa dos constitucionais direitos de ir & vir.

Ao fim do já finado semestre, escrever-se-iam cadernos de trainees universitários das mais distintas áreas do conhecimento intercalados com anúncios multipágina (comovidas narrativas) da unilever na VEDE. Editoriais comemorativos seriam votados em reuniões de pauta com o Capiroto in poison e finalmente Relex Forman, nosso eterno e avantajado herói, encarregar-se-ia de demonstrar seu (dele, enorme) poder punitivo rechaçando as hostes de piqueteiros para o lado de lá da raia olímpica, onde as baladas e depredações prosseguem animadas.

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