22.12.18

Análise do novo ministério, ops, sinistério:

- o mais canalha: Moro
- o mais maluco: o doido do Itamaraty
- o mais pilantra: o Fônyx
- o mais perigoso: o colombiano
- a mais venenosa: a Miss Veneno
- a mais goiaba: tia Damares
- o mais rico: o Guedes, com seu nome de agiota lá da praça Onze

22.11.17

Somos a Polônia ocupada da Gloebbels. E o jogral nacional é o campo de Auschwitz da inteligência.

11.3.16

Boa ação do dia: passei de bicicleta por um semáforo onde camisas-amarelas (todos brancos, comme il faut) convocavam motoristas para a marcha fascista de domingo com uma faixa "pelo fim da corrupção" (hahaha) e gritei "fascistaaaa!". Parece que não conhecem a palavra, pois escapei incólume (essa não entenderiam, mesmo). Em todo caso, era a esquina de um hospital, pensei, antes de gritar.

21.11.15

A vírgula, hoje em dia, só é usada por quem, como eu, é não raro, senão amiúde, tachado de pedante.

19.11.15

Sem luta a vida é besta.

31.10.15

Muito previsível a jogada do PiG: depois que o golpe contra a Dilma flopou, partiram para o plano B, que é na verdade o plano L de sempre - impedir o Lula de ser candidato em 2018. Se for candidato, não pode ser eleito. Se eleito, não pode tomar posse. Se tomar posse, não pode governar etc. etc.

30.10.15

Quem nasceu para Eusebiozinho nunca chegará a João da Ega.

23.10.15

O fagote é uma prova do sem-sentido de tudo.

16.10.15

Um Chico esdrúxulo baixou em mim quando dei este título a um novo capítulo:"O périplo do romance: Caderno de bitácula".

10.8.15

O golpe flopou. O jogral nacional transportou o noticiário da java-lato para o terceiro intervalo. Depois de matérias sobre os perigos do gps e a briga táxi x uber, além dos problemas das operadoras de celular.
E flopou tanto que a apresentadorinha deu um passo atrás diante do telão para não encobrir com seu cabelão a imagem do Palácio da Alvorada, ao fundo da narração da reportinha. O diretor mandou, pelo ponto eletrônico.

21.5.15

Em Guimarães Rosa, tal como os rios as estradas são serpentes.

9.3.15

Sarilho - Às 10 horas da noite de hontem, Antonio Avelino de Araujo e José Teixeira Junior, que têm rixa antiga com Ernesto de tal, passaram pelo morro do Castello, quando ao chegar em frente a um botequim de propriedade de Domingos de tal, tiveram um encontro com o referido Ernesto.
Desse encontro resultou um serio conflicto, onde foram disparados diversos tiros e onde a navalha entrou em exercício, tomando parte saliente os conhecidos desordeiros 'Pernambuco' e 'Gato'.
Comparecendo a policia foram apenas presos Avelino de Araujo e Teixeira Junior, tendo-se os demais evadido.
O delegado abriu inquérito a respeito.
(Correio da Manhã, 15 de setembro de 1901)

27.1.15

Proposta de reforma agrária: expropriação de todas as lavouras de soja do país. Expulsão da monsanto e congêneres, confisco de seus bens. Assentados e antigos proprietários que topassem seriam divididos em lotes para replantar espécies típicas do cerrado. Ao mesmo tempo, as escolas rurais adotariam Corpo de baile como novo livro sagrado da República - eu, claro, mandando em tudo como ministro da Religião. Quem não topar será condenado a passar dez anos em Rio Verde sem bicicleta.

25.1.15

Neste trecho de O triste fim de Policarpo Quaresma, Lima Barreto iguala Machado de Assis, chegando a levar a partida para a prorrogação:

"Os subúrbios do Rio de Janeiro são a mais curiosa coisa em matéria de edificação da cidade. A topografia do local, caprichosamente montuosa, influiu decerto para tal aspecto, mais influíram, porém, os azares das construções.
Nada mais irregular, mais caprichoso, mais sem plano qualquer, pode ser imaginado. As casas surgiram como se fossem semeadas ao vento e, conforme as casas, as ruas se fizeram. Há algumas delas que começam largas como boulevards e acabam estreitas que nem vielas; dão voltas, circuitos inúteis e parecem fugir ao alinhamento reto com um ódio tenaz e sagrado.
Às vezes se sucedem na mesma direção com uma freqüência irritante, outras se afastam, e deixam de permeio um longo intervalo coeso e fechado de casas. Num trecho, há casas amontoadas umas sobre outras numa angústia de espaço desoladora, logo adiante um vasto campo abre ao nosso olhar uma ampla perspectiva.
Marcham assim ao acaso as edificações e conseguintemente o arruamento. Há casas de todos os gostos e construídas de todas as formas.
Vai-se por uma rua a ver um correr de chalets, de porta e janela, parede de frontal, humildes e acanhados, de repente se nos depara uma casa burguesa, dessas de compoteiras na cimalha rendilhada, a se erguer sobre um porão alto com mezaninos gradeados. Passada essa surpresa, olha-se acolá e dá-se com uma choupana de pau-a-pique, coberta de zinco ou mesmo palha, em torno da qual formiga uma população; adiante, é uma velha casa de roça, com varanda e colunas de estilo pouco classificável, que parece vexada e querer ocultar-se diante daquela onda de edifícios disparatados e novos.
Não há nos nossos subúrbios coisa alguma que nos lembre os famosos das grandes cidades européias, com as suas vilas de ar repousado e satisfeito, as suas estradas e ruas macadamizadas e cuidadas, nem mesmo se encontram aqueles jardins, cuidadinhos, aparadinhos, penteados, porque os nossos, se os há, são em geral pobres, feios e desleixados.
Os cuidados municipais também são variáveis e caprichosos. Às vezes, nas ruas, há passeios, em certas partes e outras não; algumas vias de comunicação são calçadas e outras da mesma importância estão ainda em estado de natureza. Encontra-se aqui um pontilhão bem cuidado sobre o rio seco e passos além temos que atravessar um ribeirão sobre uma pinguela de trilhos mal juntos.
Há pelas ruas damas elegantes, com sedas e brocados, evitando a custo que a lama ou o pó lhes empanem o brilho do vestido; há operários de tamancos; há peralvilhos à última moda; há mulheres de chita; e assim pela tarde, quando essa gente volta do trabalho ou do passeio, a mescla se faz numa mesma rua, num quarteirão, e quase sempre o mais bem posto não é que entra na melhor casa.
Além disto, os subúrbios têm mais aspectos interessantes, sem falar no namoro epidêmico e no espiritismo endêmico; as casas de cômodos (quem as suporia lá!) constituem um deles bem inédito. Casas que mal dariam para uma pequena família, são divididas, subdivididas, e os minúsculos aposentos assim obtidos, alugados à população miserável da cidade. Aí, nesses caixotins humanos, é que se encontra a fauna menos observada da nossa vida, sobre a qual a miséria paira com um rigor londrino.
Não se podem imaginar profissões mais tristes e mais inopinadas da gente que habita tais caixinhas. Além dos serventes de repartições, contínuos de escritórios, podemos deparar velhas fabricantes de rendas de bilros, compradores de garrafas vazias, castradores de gatos, cães e galos, mandingueiros, catadores de ervas medicinais, enfim, uma variedade de profissões miseráveis que as nossas pequena e grande burguesias não podem adivinhar. Às vezes num cubículo desses se amontoa uma família, e há ocasiões em que os seus chefes vão a pé para a cidade por falta do níquel do trem.
Ricardo Coração dos Outros morava em uma pobre casa de cômodos de um dos subúrbios. Não era das sórdidas, mas era uma casa de cômodos dos subúrbios.
Desde anos que ele a habitava e gostava da casa que ficava trepada sobre uma colina, olhando a janela do seu quarto para uma ampla extensão edificada que ia da Piedade a Todos os Santos. Vistos assim do alto, os subúrbios têm a sua graça. As casas pequeninas, pintadas de azul, de branco, de oca, engastadas nas comas verde-negras das mangueiras, tendo de permeio, aqui e ali, um coqueiro ou uma palmeira, alta e soberba, fazem a vista boa e a falta de percepção do desenho das ruas põe no panorama um sabor de confusão democrática, de solidariedade perfeita entre as gentes que as habitam; e o trem minúsculo, rápido, atravessa tudo aquilo, dobrando à esquerda, inclinando-se para a direita, muito flexível nas suas grandes vértebras de carros, como uma cobra entre pedrouços.
Era daquela janela que Ricardo espraiava as suas alegrias, as suas satisfações, os seus triunfos e também os seus sofrimentos e mágoas.
Ainda agora estava ele lá, debruçado no peitoril, com a mão em concha no queixo, colhendo com a vista uma grande parte daquela bela, grande e original cidade, capital de um grande país, de que ele a modos que era e se sentia ser, a alma, consubstanciando os seus tênues sonhos e desejos em versos discutíveis, mas que a plangência do violão, se não lhes dava sentido, dava um quê de balbucio, de queixume dorido da pátria criança ainda, ainda na sua formação."

29.12.14

Ontem alguém me disse que estou "perdendo tempo" ao fazer pós-doutorado, oferecendo gentilmente a alternativa de passar num concurso de fiscal da receita estadual como equivalente de "ganhar tempo", isto é, dinheiro. Confessei-lhe então (hélas, somente em pensamento) que sempre prefiro ser a ter, sobretudo se para ter for necessário o estômago de um búfalo.

11.12.14

Goiás e Minas Gerais são os dois únicos estados que não têm litoral ou fronteira internacional (Tocantins para mim sempre será Goiás) - e, portanto, têm direito geodésico a reivindicar uma brasilidade mais radical, se é que cousas como o Brasil e as raízes existem.

2.9.14

Já estou conformado com a perspectiva de ser governado pelo Tea Party de soja. Em São Paulo, sobretudo, o Opus Dei e a Assembleia de Deus lideram as pesquisas entre o coxinhismo. Ultraliberalismo (na versão sustentável), Bíblia (na tradução crente) e sustentabilidade (em vulgar: juros não poluem) nos redimirão dos excessos distributivos do comunismo ateu e nos libertarão para sempre da sanha vermelha, revelando novamente a verdade eterna da livre iniciativa de concentrar renda.

15.5.14

Excelente miniconto policial com fortes (voluntárias?) ressonâncias bandeirianas no Correio da Manhã de 15 de setembro de 1953, p. 3:

"Valentias" do "João Grande"

Durval Agostinho de Sá, de 24 anos, solteiro, operário, residente na rua São Henrique, n. 267, foi agredido a pau, na tarde de ontem, na feira de Cordovil, por um indivíduo da alcunha de João Grande, com o qual tinha uma rixa antiga. O agredido conseguiu fugir, após sofrer ferimentos superficiais. Encontrara-se, porém, o agressor com o pai da vítima, Antônio Agostinho de Sá, de 87 anos, operário, residente na rua Álvaro Macedo, n. 425, e com o mesmo travou forte discussão, durante a qual João Grande sacou de uma faca, ferindo a sua nova vítima na face esquerda. Em socorro do agredido acorreu o filho Jorge César de Sá, de 28 anos, casado, operário, residente na Parada Angélica, sem número, o qual também recebeu ferimento, a faca, na mão esquerda. Foram socorridos no Hospital Getúlio Vargas, e aí receberam os necessários curativos. O agressor fugiu. A polícia do 21o. Distrito Policial encetou as necessárias diligências.

20.4.14

Hoje faz 14 anos que escapei quase ileso de um terrível acidente de ônibus, no qual muita gente morreu ou se feriu gravemente. Digo, acho que escapei - às vezes penso que morri e este mundo é o outro. Um dos outros.

19.4.14

"Lembro, enfim, que tempos atrás ele estava em Zurique e que foi apanhado por uma tormenta de neve.
Para escapar dela, entrou num bar de fim de tarde. E contou para um de seus irmãos: 'Tudo estava em penumbra. Um homem tocava piano para casais de namorados. E entendi que eu queria ter sido aquele homem que tocava sem que ninguém visse o seu rosto. Tocava só para que os namorados se amassem mais.'"
(Eric Nepomuceno sobre García Márquez)

25.3.14

O cara que estava na minha frente na fila para sacar o FGTS na Caixa era a cara do Bolsonaro. Já no atendimento, na mesa ao lado um casal de funcionários do Bradesco se rendia ao petralhismo habitacional - e recebia sinceros parabéns das pessoas que os escorcharão de juros pelos próximos trinta anos. Enquanto isso, os seguranças cochichavam pelos fones e davam risadinhas às custas de todos.

1.3.14

Desde 2006 que venho ajuntando mp3 (já vinha antes, mas naquele annus horribilis aconteceu o Grande Colapso do Meu HD e perdi tudo), e agora passei de 50 mil músicas na coleção. Não que me orgulhe disso (além de tudo incorro em pesado crime de direitos autorais), mas fiquei pensando na trabalheira danada que deu reunir esse montão de música. Porque: 1. É preciso baixar; 2. É preciso converter o que foi baixado no item 1 (porque só baixo, claro "loseless audio"); 3. É preciso dividir em faixas o convertido no item 2; 4. É preciso adicionar informações de compositor e álbum ao que foi dividido no item 4; e 5. Transferir para o iPod, se é o caso.
Realmente, muitas horas de voo com a belonave pirata nestes últimos oito anos. Mas o lado bom é que tenho música para ouvir sem repetição por mais de 150 dias, sei lá, se for obrigado a me exilar nalgum rincão dominado por facções armadas do funk ou do sertanejo.

4.11.13

Faz dois meses que leio os jornais de 1964 praticamente todos os dias para um trabalho de pesquisa, e fico a cada edição mais chocado com a semelhança entre a atual retórica antiPT e antipobre e o que se escrevia contra a "subversão" e a "corrupção" janguista no vitorioso PiG da época, lacerdo-udenista e "linha dura" desde criancinha e firme-forte cinquenta anos depois. Hoje mesmo, li por acaso as primeiras cinco palavras de um artigo do mané e PiGsmarschall Pondé, de que no quiero acordarme, que parece zolamente acusar as universidades públicas (claro, as dominadas pelo mensalão do PT; as universidades privadas, em especial a da igreja que emprega o mané, continuam a combater destemidas o comunismo ateu) de propagarem em nosso direito país a malvada (Stálin matou tantos milhões, Mao mais um montão etc.; nunca citar os zilhões mortos pela fome e pelas guerras capitalistas) doutrina marxista, citando dois jovens conhecidos que até largaram cursos de humanas por não suportar a doutrinação e o búlim ideológico dos colegas e professores soviético-castristas. Bem, a única cousa que se pode recomendar aos assustadiços estudantes democráticos - assim eram chamados e homenageados os que caçavam supostos comunistas ("totalitários") a porrete - é que parem de ler Pondé e se concentrem em pesquisar bons argumentos para debater e bater no marxismo em sala. Mas é inútil: seria o mesmo que pedir à Marina que renegasse a superstição itaúnica e aceitasse, enfim, a Suprema Verdade Darwinista. Inútil: a direita rentista e proprietária jamais perdoará o Homem de Trier por ter desnudado o rei. A história, assim, se repete como farsa, mas atenção, as armas brandidas em cena continuam não sendo de festim.

22.10.13

Hoje no meio do mato conversei com dois pássaros desconhecidos - sou ignorante demais das coisas do cerrado para saber-lhes o nome. Ao longo de quase dez minutos, imitei com assovios de três notas em sequência ascendente - cerca de meio semitom cada intervalo - a arenga tristalegre do primeiro. Bastou para que um número 2 inesperadamente bem-vindo puxasse conversa comigo e com o pioneiro. Ficamos então papeando mais um tempo, enquanto eu fotografava o nada, pensava em diversas cousas e assoviava como quem respira, ora subindo um pouco o diapasão para testar o efeito, ora ficando em silêncio para provocar os interlocutores. Foi quando me lembrei do primeiro verso de um poema que escrevi aos 15 anos, bobinho, assim: "O pio do pássaro irrompe no caos". Logo depois, tive de correr de um bicho que agitou as folhas do mato qual grande onça ou cateto, acelerando quando vinha mais perto uma chuva de nuvens repentinas que ameaçava me encharcar e, talvez, me eletrocutar em pleno êxtase poético.

23.8.13

Do "Dicionário definitivo" (1961), do Millôr:

Chato - Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.
Crítico - A solteirona das artes.
Depoimento - Isso que a gente presta, antes, durante ou depois de apanhar pra burro.
Gargalhada - Um sorriso que estourou.
Medo - A coragem com tremedeira.
Meteorologista - Sujeito que hoje diz uma coisa e amanhã diz outra.
Pileque - Ocasião em que sentimos uma bruta solidariedade mas não conseguimos pronunciar a palavra.
Pontual - Alguém que resolveu esperar muito.
Revisor - Sujeito cuja profissão é um erro.
São Jorge - O John Wayne do céu.
Tarado - Um cara normal que foi apanhado no ato.
Vizinho - Sujeito que fica acordado de mau humor imaginando a que horas o diabo desse nosso barulho vai parar.

19.6.13

Quanto tempo até que as empresas de telefonia, alimentação, carros e bebidas - e até de higiene e limpeza, não duvidemos de nada - comecem a direcionar seus produtos para "você aí que está nas ruas expressando sua cidadania"?

27.3.13


O Templo. Rua Francisco Otaviano, 33, no Leme.
O prédio - em qual andar e apartamento? Séria falha de caráter, eu não sabê-los - onde todos os livros do Rosa (à exceção de Sagarana) foram escritos e onde o escritor cordisburguense viveu durante mais de quinze anos, até morrer aos 59. A vetusta árvore torta do jardim viu e ouviu tudo...
Alô, alô, Dilma, Marta, Mercadante, Paes e Cabral! Por que não desapropriar o imóvel inteiro, restaurá-lo (retirando essas horrendas grades da frente) e declará-lo sede do novo Instituto Guimarães Rosa, congênere brasuca do Camões português, do Cervantes espanhol, do Goethe tudesco, do chim Confúcio  etc.? Ou, mais modestamente e sem delírios messiânicos, um simpático museu de literatura?
Antes que o derrubem para construir algo mais envidraçado e adequado à vizinhança de um Pizza Hut e de um ex-bingo.

14.1.13


É preciso ter muito sangue reaça nos olhinhos direitosos para ter a coragem de pagar este mico público. Provavelmente são todos leitores do R. Azemêdo. E, a propósito, não se vê nenhum negro ou pardo.

  • Fernando Augustus curtiu isto.
  • Fernando Augustus Hahahaha

  • Fernando Augustus Cantaram Geraldo Vandré?

  • José Américo de Melo Acho que foram hinos separatistas.

  • Breno Beneducci Vocês são muito insensíveis com esses coitadinhos. Eles só querem as faxineiras de volta.

  • Fernando Augustus É muito sofrimento ...

  • José Américo de Melo Verdade. Porque com o bolsa família os pobres viraram todos vagabundos, não trabalham mais pela justa remuneração oferecida pela casa-grande e preferem beber cachaça o dia todo, aliás como seu mentor eneadáctilo.

  • Fernando Augustus E os hinos? Algo como "Moema Livre", "Pela liberdade dos ricos", "Por melhores petshops "?

  • José Américo de Melo "Pagar mais pela luz é iluminar o Brasil", "Pátria, trabalho e religião" e "Volta, Lacerda" foram os hits mais cantados.

  • Fernando Augustus Hahahaha

  • Breno Beneducci Com as faxineiras freqüentando faculdade, quem vai limpar o terraço gourmet?

  • Breno Beneducci Mas peraí, esse número, 20 pessoas, qual é a fonte? Os organizadores do evento, ou a prefeitura? Porque sempre tem uma diferença grande.

  • José Américo de Melo Acho que é a Bôlha mesmo, isto é, na verdade deviam ser 13 ou 15 manés.

  • Breno Beneducci Deve ter sido difícil contar: são todos brancos e com a mesma camiseta.

  • José Américo de Melo E a mesma cara de gente insuportável.
  • Breno Beneducci Hahaha! Sebosos entojados.

  • Fernando Augustus Zelite branca ...

  • Breno Beneducci Acho que eles têm essa cara porque os aeroportos agora parecem rodoviárias. Os caras sofrem muito.

  • Fernando Augustus Todos acolitos do Mainardi...


    José Américo de Melo Nem acho que todos sejam dazelite, embora brancos. Tem muito paga-pau-de-neoliberal nas classes médias e nem tanto.

  • Breno Beneducci Não são das elites, mas queriam ser. O que certas pessoas não fazem por um terraço gourmet com adega climatizada.

  • Fernando Augustus A nova direita usa calcinha branca ...

  • José Américo de Melo Êpa!

29.12.12

Pequeno glossário do século XXI

austeridade = pau no pobre
domínio do fato = apodreçam na cadeia, seus malditos petistas!
ensaio sensual = só aparecem, no máximo, os peitos
excesso de veículos = falta de metrô
família = dois ou mais votos
mma = vale-tudo, pra valer
pet = cachorro, gato, papagaio etc., pôrra!
ponto de alagamento = rua cheia de merda
praia imprópria para banho = praia cheia de merda

sustentabilidade = hahahahahaha

1.12.12

Toda vez que ouço falar em "mineiridade", "baianidade" ou "brasilidade", sinto vontade de sacar minha goianidão.