15.5.14

Excelente miniconto policial com fortes (voluntárias?) ressonâncias bandeirianas no Correio da Manhã de 15 de setembro de 1953, p. 3:

"Valentias" do "João Grande"

Durval Agostinho de Sá, de 24 anos, solteiro, operário, residente na rua São Henrique, n. 267, foi agredido a pau, na tarde de ontem, na feira de Cordovil, por um indivíduo da alcunha de João Grande, com o qual tinha uma rixa antiga. O agredido conseguiu fugir, após sofrer ferimentos superficiais. Encontrara-se, porém, o agressor com o pai da vítima, Antônio Agostinho de Sá, de 87 anos, operário, residente na rua Álvaro Macedo, n. 425, e com o mesmo travou forte discussão, durante a qual João Grande sacou de uma faca, ferindo a sua nova vítima na face esquerda. Em socorro do agredido acorreu o filho Jorge César de Sá, de 28 anos, casado, operário, residente na Parada Angélica, sem número, o qual também recebeu ferimento, a faca, na mão esquerda. Foram socorridos no Hospital Getúlio Vargas, e aí receberam os necessários curativos. O agressor fugiu. A polícia do 21o. Distrito Policial encetou as necessárias diligências.