31.1.09

Cômicas

"Um deputado italiano conservador ironizou ontem o trabalho de juristas brasileiros. 'Não me parece que o Brasil seja conhecido por seus juristas, mas sim por suas dançarinas.'".

Reputo correta, ohimè, a avaliação do ítalo deputado. Registre-se apenas que se trata de um integrante da extrema-direita separatista da Padania do Norte. Bantustões para os marroquinos
etc.
Na Bolha, transformou-se em inofensivo "conservador".

27.1.09

Na passarela

As idas-e-vindas dos diplomatas "chamados para consultas" ao sabor das hostilidades e tramóias interestatais são resquícios de uma era em que as viagens, mesmo no circuito Elisabeth Arden, eram lentas e custosas. Então, chamar de volta um embaixador representava um dispêndio de tempo e recursos nada desprezível.
Nos dias hodiernos, apogeu dos jatinhos e da comunicação instantânea, as tais "consultas" e suas tolas movimentações são decrepitudes apenas comparáveis, pelos punhos de renda, ao tedioso ritual dos palcos da autoproclamada música erudita, quando solistas e maestros são avaliados segundo o número de vezes em que aparecem e desaparecem do proscênio, propulsionados pelos aplausos da rafaméia.

Confissão de usuário

Não instalar nenhuma das famosas atualizações de segurança, decantadas como indispensáveis imprescindíveis assunto de vida-ou-morte pelos alertas vermelhos do Bill, deixou meu computador muito mais rápido, salubre e sexy.

10.1.09

"De acordo com quatro sobreviventes citados em relatório da ONU, militares de Israel mandaram cerca de 110 civis se abrigarem em uma casa de Zeitoun. Vinte e quatro horas depois, o local foi atingido por três projéteis."

Percebe o raro leitor a infinita sutileza do circunlóquio "projéteis"?
Permita-me o mesmo bissexto e fiel compañero chamar pelos nomes as eficientes possibilidades da força aérea de Golias.

9.1.09

1 : 100

"Abu Salah morreu, a mulher dele morreu. Abu Tawfiq morreu, o filho dele morreu, a mulher dele também morreu. Mohammed Ibrahim morreu, e a mãe dele morreu. Ishaq morreu e Nasar morreu. A mulher de Nael Samouni morreu. Muitas pessoas morreram".

(do relato de uma criança palestina que perdeu em poucos segundos mais parentes e amigos que todos os israelenses mortos pelos foguetes caseiros dos pérfidos gentios - em dez anos)